sábado, 31 de janeiro de 2009

A Responsa!

Sei que o que vou contar à seguir parece pagação-de-pau pro sensacional www.eneaotil.wordpress.com (e é), mas não tenho culpa de também ter um sobrinho Lucas, também prodígio, e também divertidíssimo.

Hoje, meio-dia. Meu pai corta provolone em cubinhos e passa pras pessoas.

-Pega um Lucas.
- Não, tio. Se não vai estragar o almoço.

Ficaram todos boquiabertos com tamanha sapiência nutricional de uma criança de 3 anos.

Lucas quebra o silêncio:
-Tá bom. Dá um beeeeem pequenininho só pra não ficar com lombriga!

UFA geral!
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"Tio, porque o Gandhi (meu cachorro) tá com cara de cachorro que caiu do caminhão de mudança?"

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"Tio, quem desligou a lua hoje?!"
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E por aí vai.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Cogumelo do Sol

Então como sou habituée dos aeroportos desse Brasil (infelizmente não por diversão, mas por trabalho), às vezes me ocorrem coisas que merecem posts neste fantástico local. Muitas já ocorreram, digo a verdade. Como na última terça-feira que conheci um PAQUISTANÊS GAGO.

-Which country do you live?
- Pa-pa-pa-pa-pa-pa-pa-pa (juro que não estou exagerando no número de pás, que acompanhavam piscadelas dos olhos) pa-pa-pa-pa-quistan!

Me segurei pelo menos pra não cuspir na cara dele com aquelas risadas incontroláveis. Eu sei, eu sei o grau da maldade contida nisso. Mas eu sou o tipo de pessoa que não consegue não rir destas coisas. Gagos, corcundas, tombos feios e vesgos, infelizmente, me tiram do sério - literalmente. Já tenho plena consciência do que me aguarda na próxima encarnação.

Mas sabe que outra vez aconteceu uma situação mais bizarra. Estava nas esteiras de bagagem de chegada dos vôos internacionais, eis que chega ele, todo pimposo: o velho japonês do cogumelo do sol. Tá, só eu pra reconhecer o velho japonês do cogumelo do sol. Mas reconhecido, fiquei admirando a vitalidade do senhor. Comecei a pensar seriamente em deixar os champignons e funghis de lado, e partir pro "do sol" (falando assim parece alucinógeno né. Será que não é??? Olha só. Nunca pensei nisso), afinal se for pra chegar na idade daquele japonês com o vigor dele, manda um saco dessa porra AGORA.

Leso, continuei a observar tão serelepe senhor, que se dirigiu à esteira. Identificou a sua mala (com um giga cogumelo desenhado), e imediatamente grudou nela pra arrancar da esteira. Quem disse que o velho conseguia arrancar a mala da esteira? O bico de papagaio deve ter atacado - ou então ele tinha o maior carregamento de cogumelo de aço do mundo - e o homem ficou curvado em cima da mala, grudado nela, rodando junto com a esteira. Minha primordial reação foi, antes de tudo, sentar no primeiro banco que eu vi pra dar risada da cena até sentir ânsia de vômito. Na TERCEIRA VOLTA do cara pelo circuito da esteira de bagagem, alguma mente genial - que não foi a minha, pois continuava rindo muito - teve a idéia de chamar alguém da TAM pra resgatar o homem.

Olha. Se eu tinha alguma ilusão que a merda do Cogumelo do Sol era milagroso, acabou ali na hora. Foi pior que descobrir que Papai Noel era o Justino, porteiro do prédio. O velho saiu depauperado do ridículo fato, e querendo esconder a giga logomarca "COGUMELO DO SOl" que estampava sua bagagem, o cara da TAM segurando o riso como nunca antes visto, e eu quase mijado de tanto rir da cara do japonês.

Tirei uma conclusão desta passagem (porque é sempre bom tirar conclusões das coisas que acontecem nessa vida): Mais vale um funghi na pança, do que um "do sol" na esteira. O velho que deve estar com pinçamento na coluna até hoje que o diga.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

É Carnaval!

O carnaval está chegando mais uma vez, e em sua homenagem vou contar algumas boas histórias de outros carnavais da minha vida:

Em um dos meus primeiros carnavais, pulei até cansar, me diverti pra caramba. Saindo, já de manhã, eu e meu irmão (bem bêbado, como eu) me disse para que fôssemos juntos comer um lanche na barraquinha em frente ao clube. Era um tiozinho modesto, cheio dos clientes naquela hora. Como estava sem um puto, meu irmão disse que me pagava.
Comemos o lanche, e na hora de pagar meu irmão saca um VISA ELECTRON DO BOLSO, e entrega pro tiozinho.
O cara pegou, olhou...olhou e perguntou:

- E?
- Cobra aí pô (sic!). É crédito, por favor!

O tio ficou sem entender lhufas. Cara...aquilo era uma barraquinha de lanche do interior em meados do ano 2000! Bom, meu irmão também não tinha um puto. Como não haviam pratos para serem lavados, firmou-se o trato:

-Ó, faz assim então (sic!). Eu vou lá no banco sacar dinheiro e já volto. O moleque fica aqui de garantia que eu (sic!) vou voltar. Combinado?

Eu fiquei de garantia por mais de uma hora. O tio do lanche até se apiedou e falou que eu podia ir embora e voltava pra pagar outro dia. Mas também queria carona pra ir pra casa. 7 e pico da manhã, com o sol já queimando o cocoruto e o tio desarmando a barraca de lanche, chega meu irmão, mais bêbado que antes, e SEM O DINHEIRO.

-Porra!(sic) Encontrei uns amigos no caminho de volta(sic)...a gente foi pro bar...e gastei todo o dinheiro.

Eu e o tio do lanche tínhamos perdido mais de uma hora à toa. Engolimos ambos a seco. O tio disse que passássemos lá depois pra pagar, e eu mandei meu irmão tomar naquele obscuro local.
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Fim de festa, saio eu meio alegre do clube, e me deparo com o vice-prefeito da cidade. Não hesitei, gritei bem forte:

- Pinho da Cabanaaaaaaaaaaaaaaaa!

Ele cumprimentou com ares de candidato, e todo mundo olhou pra minha cara. Completei:

- Filho de uma puuuuuuuuutaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!

Não sei porque fiz aquuilo até hoje. Só sei que ele NUNCA MAIS veio pedir meu voto.
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Certa vez, meu amigo se aproveitou de minha leve embriaguez, e rasgou a minha bermuda que tinha furado não lembro como. Fiquei puto, resolvi ir embora da festa, e ele veio atrás (que foi útil, pois testemunhou e me relatou os fatos que se seguem).
Passei em frente à lanchonete-que-TODO-MUNDO-vai-depois-da-festa, e encontrei a pobre bibliotecária da minha escola, junto com seu marido. Mostrei a ela minha indignação:

-Olha aqui Magaliiiiiiiiiii! Rasgaram minha bermudaaaaaaa! Eu estou seminuuuuu! E foi um amigo meuuuuuuuuuu! Um amiiiiiiiigoooooooooo!

Sim, eu estava de cueca. A mulher não sabia onde enfiar a cara, o marido queria enfiar a mão na minha cara, e eu enfiei o rabo entre as pernas e fui embora.

Seminu.
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No mesmo ano, em outro dia, o trio elétrico que passeava pelas ruas da cidade até chegar no clube me deixou intrigado (sabe lá Deus porquê). Fora de meu estado natural, contam testemunhas que eu ficava me atirando na frente do trio, e atrasando a vida de todo mundo que estava atrás dele. Não me lembro bem porquê, só sei que ganhei um belo roxo nos joelhos. E alguns bons inimigos.
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Estava andando pelas ruas da cidade, já depois da comemoração festivo-carnavalesca, com uns amigos, e comecei a trombar com uns carros pra ver se os alarmes disparavam. Eis que para um furgão da polícia e me intimidam de forma deveras intimidante:

- Ô moleque, o que você tá fazendo?!!!
-Eu (sic)? Nada!(sic)
-Você por acaso tava batendo aqui nesse carro? Esse carro é de polícia camarada! Você tá loucooo? - (Que pergunta, devia ter respondido.)
- Não, não, tô batendo em nada não.
- É bom mesmo meu amigo, porque se continuar eu levo você lá pro morro, e aí você vai ver o que é bater! Tamo conversado?

Não quero, nem posso imaginar o que significa isso. Resolvi parar de testar o sistema de alarmes dos veículos automotivos.
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É por esta e outras que tenho muitos motivos pra lembrar de Carnavais com um ar de empolgação. E aí? Qual vai ser?!

Sobre buracos e porquices

- Ele tem a cara toda esburacada!
- Todo mundo que tem a cara esburacada é porco! Por isso que eu vou na dermatologista.
- E ele não escova o dente porque diz que estraga o esmalte do dente.
- Afff.
- É, e come alho porque faz bem pra tudo.
- Nossa.
- O suor dele cheira alho podre engordurado.

Pois é, meus amigos. É numa hora dessas que eu digo: Nunca reclamem de seus colegas de trabalho.