domingo, 31 de maio de 2009

Aquisições de linguagem

Acho que uma das coisas mais válidas da contemporaneidade linguística é a aquisição de novas terminologias e expressões que acabam se tornando frequentes em nossas vidas.

Na minha humilde opinião, um excelente exemplo de nova tendência no mundo das expresões é VERGONHA ALHEIA. Cara, eu não sei quem foi o iluminado que teve a idéia de definir tal sentimento, mas hoje é imprescindível no mundo das relações sociais. Como vivi até a história recente sem algo que definisse isso. É como não existir a palavra saudade no vocabulário, sabe?

É colocar em palavras aquilo que você sente quando vê seu tio bêbado no churrasco de família, quando assiste o Zorra Total, quando tem festa de fim de ano da empresa, ver alguém fazer algo que não é sua competência, e daí em diante, todos aqueles momentos que você respira fundo, olha pra pessoa e pensa: Que vergonha eu sinto por ela. (Ainda que, muitas vezes, ela mesma não a sinta).

Adote você também a vergonha alheia na sua vida. Ou melhor, na vida dos outros!

Car Sistem?!

Tem uma nova tendência no mundo dos alarmes de carro. Chama Car Sistem. Pelo menos aqui em São Paulo chegou forte. Não se ouve mais um carro fazer o onomatopéico pé-pé-pé-pé-pé.

Não, meus amigos ladrões. Agora um cara fica contando pra quem quiser ouvir que o veículo está sendo roubado. Ele fica falando "Este veículo está sendo roubado. Ligue para o número 0800-meia mole-meia-dura." Eu tenho uma vergonha alheia tão grande do portador deste veículo, que não se calcula. Primeiro que esta merda dispara sempre. Segundo que NINGUÉM liga pro 0800. Todo mundo pensa: Ai, disparou de novo.

Outra coisa que eu não entendo é...o pé-pé-pé não funcionava mais? Ninguém entendia que o carro estava sendo roubado? Pensavam o que? Que era uma balada ambulante? Porra.

O Car Sistem é muito vergonhoso. Muito mesmo. Façamos uma revolução pela volta do pé-pé-pé!!!

Foras

Eu sou uma pessoa que dá muitos foras (acho que acontece com quem fala demais). Mas eu tenho uma tia, que relata foras absolutos, que são incomparáveis. Seguem abaixo alguns:

Estava no trânsito e vem um cara se arrastando até a janela do carro:

- Ô Dona, me dá dinheiro pra eu comprar um skate?
- Meu filho, você tá de brincadeira comigo? Nem tem perna, como que vai comprar um skate?
- É por isso mesmo que eu quero um. Pra poder sentar nele.

10 segundos de remorso:

-Toma, ganhou 5 reais pelo meu fora!

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Visitando a casa nova chiquérrima de uma amiga, depara-se com um quadro de uma mulher horrenda:

- Nossa! Mas numa casa tão bonita, porque você põe um quadro dessa mulher horrorosa?
- Vera, é minha mãe.
- Sabe que de TÃO feia ela é até bonitinha?!

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No Bingo jogando. Tinha um cara que não parava de dar piti, reclamando de tudo embichadamente. Ele sai da mesa:

- Porra, não tava mais aguentando esse viado de merda.
- Ele não é viado.
- Pera aí, minha senhora. Se ele não é viado eu sou a Rainha Elisabeth.
- Ele é meu marido.
......
- Olha, então abre seu olho. Porque se tem uma coisa que esse cara é, é viado!!!
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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Até breve...

Então há muitos anos meu vô comprou um casaco de vison chiquérrimo pra minha vó. Aí ficou aquela história de "Ai, meu amor, mas você é louco, não devia ter feito isso", "Ah, mas eu te amo, queria te dar um presente", "Mas a gente não tem dinheiro nem pra comer direito", "Mas você merece!", e por aí vai.

Minha vó, claro, morreu de amores pelo casaco, mas nunca foi daquelas pessoas megamaterialistas, sabe? Sempre cagou pra coisas materiais. O negócio era estar sempre junto aos seus, dando risada, fazendo palhaçada, jogando um Poker, pescando, ouvindo Gardel...

Eu sei que NO MESMO DIA que ele deu o casaco, mais tarde foram jantar. Meu vô (esquentado que só vendo) reclamou da comida que ela fez porque ele não gostava. E adivinha? Jogou na cara: Soltou um "Eu te dou um casaco carésimo e você me faz de jantar o que eu mais detesto."

Minha vó não teve dúvida. Foi com a maior tranquilidade, pegou o casaco, colocou no meio da sala, jogou álcool e ATEOU FOGO. E respondeu: "Se você me deu pra me chantagear, sabe bem o que eu quero que você faça com esse casaco."

Assim. Assim era a minha vó. Faleceu hoje à tarde deixando um IMENSO vazio na minha vida.

A culpada pela minha gana de escrever, por eu gostar de miojo, por eu gostar de poesia, por eu saber amar incondicionalmente, por eu saber o que é um Royal Street Flush, por eu conhecer Carlos Gardel e os melhores tangos argentinos, por saber fazer massinha de pão pra pescar, por ter uns quilos a mais do que deveria, por falar espanhol, por amar cinema, pela minha notivagacidade, por odiar manhãs, por assistir o Jô, e por MUITAS outras coisas.

Se ela estivesse aqui me mandava praquele lugar e fazia umas caretas ainda. Mas como ela não está mais, só posso agradecer muito...e dizer até breve!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Troca Raul!

Minha vó dizia que mente vazia é oficina do Diabo. É mais que isso: É crime contra o patrimônio. Nem se minha vó tivesse nascido há dez mil anos atrás ela imaginaria onde chega a criatividade humana. Chega aqui, na nova moda monetário-financeiro-fiscal-imaginativo:


Mais uma vez estendo minhas mãos para tão aclamados interventores sociais. Puta que pariu.

Ah, o Playcenter - Parte II

Então eu já contei quão loser eu consegui ser no Playcenter uma vez. Mas, sim, amigos, eu me superei.

Uma vez fui em uma excursão com vários amigos. Ir em vários amigos para um parque de diversões é uma merda. M-e-r-d-a. Cada um quer fazer uma coisa, e todos acabam fazendo aquilo que o que tem um maior grau de persuasão decide. Quase que fui eu, mas não deu pra competir com um amigo. Apesar de eu saber que estaríamos fazendo a maior cagada EVAH de ir na principal montanha-russa BEM na hora da chegada. Porra, todo mundo faz isso. Mas, como o poder argumentativo dele foi mais forte, e eu já sabia muito bem como era ficar sozinho e perdido naquele lugar, fui junto.

Ficamos DUAS HORAS E MEIA na fila. Gente, juro. Ninguém merece ficar 2h30 pra brincar por 1 minuto. Nem Alexandre Nardoni, Suzane Richthofen, Maníaco do Parque e Sérgio Mallandro juntos. Só que fica pior a história. Te juro pela integridade física do meu saco: Quando chegou a nossa vez, o brinquedo parou as operações por conta de uma chuva torrencial. Esperamos mais 15 minutos e não voltava aquela merda. Como chegamos e fomos direto pra fila, tava todo mundo mordendo a bunda do segurança de fome. Resolvemos: Vamos falar com o carinha pra que a gente possa só sair e comer pra voltar. O cara topou, falou pra gente ir que ele achava que ia demorar.

Saímos pra comer. Neste meio-tempo, resolvemos comprar capas de chuva, porque não queríamos ficar ensopados pelo resto do dia. Cada um comprou a sua e, quando eu abri a minha, ela tava INTEIRA RASGADA. Virei pra moça da loja:

- Olha moça, acabei de comprar aqui. Abri dentro da loja ainda. Tá toda rasgada a capa.
- [Cara de Cu] Se quiser compra outra.
- Moçááá! Eu paguei SETE REAIS em uma capa de chuva de plástico de supermercado rasgada. Você TENQUE trocar isso.
- [Tragada no cigrro e olhar por cima do óculos] Não é minha culpa. Se quiser, compra outra.

Naquela época eu era idiota. Se fosse hoje derrubava ela no chão, apagava o cigarro no olho dela e chutava até o fígado parar de funcionar. Tá, nem tanto. Mas ia armar um SENHOR barraco. Só comprei outra.

Coloquei a capa e fomos pro Castelo dos Horrores. Para o meu horror individual, grudou uma piranha de uma menina atrás de mim, que me puxava e empurrava com a unha. Conclusão: Saí só com a toca da capa. Voltei pra comprar outra. Coloquei a capa. 5 minutos depois parou de chover, pra sempre. Não caiu NENHUMA goticulazinha mínima mais.

Qué dizê. Eu gastei VINTE E UM REAIS de capa de chuva, pra NADA. Ainda bem que minha mãe tinha percebido da primeira vez quão tapado eu era, e me deu mais dinheiro desta vez.

Voltamos todos alimentados e capadechuvados pra montanha-russa.

-Oi moço. Voltamos
- [Cara de Ãhn?]
- Lembra? Que a gente tava aqui na porta da fila pra entrar na montanha-russa e saímos pra comer? Voltamos.
- Não, não lembro.
- Moço. Para. Pelo amoooooor do Senhor. Nós falamos com você. Não brinca assim. A gente ficou DUAZÓRIMEIA aqui.
- Olha, meu filho. Se você quiser entrar no brinquedo é só pegando a fila. Não vem me enrolar com historinha que não dá certo. Todo mundo tenta essa.

Ou seja: Aquele parque era a Sede Internacional dos Filhos das Putas. Pegamos a fila DE NOVO e brincamos em mais uns 3 brinquedos. Não deu tempo de fazer P.N. naquele lugar.

Por mais incrível que pareça eu ainda voltei lá. E tenho mais uma história pra contar. Fica pra próxima.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Miss Othmar

Eu não sei quem foi que teve a BRILHANTE idéia de fazer a personagem Miss Othmar no desenho Charlie Brown (sim, o desenho e não a banda). Mas acertou EM CHEIO. Quantos professores nós tivemos que falam exatamente assim (aos 1:45):



Cara. É a genialidade aplicada ao contexto mais realístico da aprendizagem sistemática acadêmica.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

L'Amour!

Agora pare e veja este banner promocional:



Gente, juro. Se essa mulher me aparece na frente, eu me cago. Ô, amigo publicitário. Se você não tem dinheiro para pagar uma modelo adequada, siga as dicas à seguir:

1) Não mande, em hipótese nenhuma, ela fazer uma cara que possa vir a se tornar uma careta (se o intuito não for esse);
2) Tire fotos de longe;
3) Tire fotos de baixa qualidade, sempre que possível;
4) Não tire fotos!
5) Não ponha modelos vivos na propaganda. Expor alguém a este ridículo cachê NENHUM paga.

Mas será que o cara que fez esse banner não tinha UM amigo pra falar pra ele que essa mulher tava fazendo as pessoas desacreditarem no amor? Putizgrila! Pior propaganda do gênero EVAH!

Aliás, já que toquei no assunto, para aqueles que acreditam que dá tempo de passar o próximo 12 de Junho acompanhado, neste domingo vai acontecer o Movimento dos Sem-Namorado em São Paulo, no Parque do Ibirapuera. É uma boa oportunidade pra você empurrar aquela tia solteirona com mais bigode que seu pai para alguém, e ter isto como desculpa pra ir ver o movimento e até rolar um envolvimento. Como eu estarei no JUCA (Jogos Universitários de Comunicação e Artes) este ano, tô pouco me fudendo pro Dia dos Namorados de 2009, que sempre me dá uma depressão aguda uma semana antes e uma semana depois.

Ficam aí as preciosas dicas!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Hackers de Araque

Eu acho mesmo que não se fazem mais Hackers como antigamente. E nem pessoas com criatividade para fazer você se ferrar de alguma forma internética.

Recebo um e-mail de bruninha938lindinha@hotmail.com . O que pode ser, ó meu Deus?

a) uma irresistível proposta de sexo casual e tântrico concomitantemente;
b) uma irresistível proposta de sociedade em um sex shop no Vale do Anhangabaú;
c) uma irresistível proposta de sermos miguxos no msn;
d) uma irresistível proposta pra que eu me foda abrindo este vírus.
e) um pouco de cada, afinal todas envolvem sexo de alguma forma.

Ahhhhh, peralaumpoquim né seus hackers! Fizeram o curso à distância "Invasão Domiciliar Aplicada I" no Instituto Universal Brasileiro, porra?

Se é pra me dar golpe, faz direito. Também não entendo estes vírus sem propósito. Tudo bem, se é para roubar uma senha de banco, invadir redes sociais ou e-mails privados... é louvável. Agora me diz praquiqui um infeliz perde tempo criando um vírus que não vai mudar NADA a vida dele? Só pra deixar meu computador mais lerdo e me deixar mais puto? Ah, vai ser chato assim na puta que pariu!

De vírus já basta o do porco mexicano. E tenho dito!

Nada que Nada!

Inspirado por uma conversa Marinha no MSN às duas e pico da manhã

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Desde pequeno eu tive alergia de coisas que nadam. Mas não é aquela alergiazinha assim, não. Pensa que dava só umas pipocas na pele e tomava um antialérgico que resolvia? Não bem. Tô falando de EDEMA DE GLOTE! É tão perigoso quanto refinado. Joga no Google que você vai descobrir que não serve pra nada. Só pra fuder com a vida.

Então eu fui acostumado com o fato de que não comia nada que nada. E não podia nem ter mistura de colher. Como diz a minha tia, é um cu pra conferir prega por prega. Repeti o exame algumas vezes, que sempre confirmava alergia. Até que, aos 16 anos, eu refiz o exame e...TÃDÃM! Passou a alergia. Parece coisa de louco né, mas o médico disse que alergias são assim mesmo: Vem e vão. Mas podem voltar. Ou não. Sei lá. O corpo tá puto com alguma coisa, acordou de mal com você, resolve te foder, e pronto.

Mas só agora, aos 21 anos completos, eu estou tendo coragem de começar a experimentar esses bichos. Comecei em grande estilo, e até agora só gosto de Salmão. Bom, como Salmão de pacú é rola, eu contei tudo isto, na verdade, por uma razão: Me ofereçam ratazana frita, barata cozida, lagarta flambada, mariposa sauté, gafanhoto ao molho de ervas, QUALQUER COISA MESMO, mas não me venham com um Polvo. Puta que pariu. Se tem um bicho que me dá um bulungundum, esse bicho é o polvo. Só de ver no supermercado em cima dos potes com gelo me amolece as pernas. Gente, juro. Escrever esse post me causa arrepios internos.

Pra começar que ele é mole. Não confio em nada que é mole (ok, insira sua piada aqui). Ele tem a cabeça maior do que as próprias pernas. A última pessoa que era assim foi meu professor velho de Matemática no colegial, e não me traz boas recordações. Polvos soltam um caldo preto pra se defenderem, porra. Aqueles tentáculos tem ventosas agarrantes assassinas. Mas o pior de tudo, que só de pensar eu já fico tonto (mais than ever!): A boca dele.

Nem sei como a Polva se atrai. Aliás sexo de polvo eu nunca vi nem no National Geographic, mas não deve ser nem um pouco bonito de se ver. Suponho que seja um enroscamento generalizado de tentáculos que é uma loucura. E aí vem mais polvinhos pra atrapalhar o reino dos mares. Se fossem extreminados para mim seria um alívio (Brincadeirinha Greenpeace, eu sei muito bem que eles são fundamentais para o equilíbrio do ecossistema!).

Bom, contei. Barata? Rato? Nahhh! Eu me CAGO DE MEDO DE POLVO!

Novidade na área

Então eu fui convidado a escrever em mais um Blog.

É uma coisa totalmente diferente do Blasfêmia, caros. Serve pra lembrar que eu penso coisas boas além de bobeiras, e me reforça a idéia que não sou tão inútil quanto meu professor de Matemática do colegial achava.

Projeto bonito que já abracei pra chamar de meu.

www.veredaestreita.org

Quem não se cansar de mim por aqui, pode também encontrar coisas minhas por lá.

Ah, e sempre no Teco Tereco Teco.

Putz. Essa vida de escritor de Blog tá ficando corrida.

Abraços!

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Ah, o Playcenter.

Este post facilmente poderia se chamar "A gente se fode mas se diverte - Versão literal". Mas resolvi dar nome aos bois. Para quem não é de São Paulo, aqui existe desde muito tempo (preguiça de procurar no Google) o Playcenter, parque de diversão grande demais pra ser temporário e pequeno demais para ser fixo. O que interessa é que é dentro da cidade de São Paulo, perto da Marginal Tietê, banhado pelas aromáticas margens do rio de mesmo nome. Houve um bom tempo em que o Playcenter era a menina dos olhos de muita gente que queria ir a um parque de diversões sem ter que se submeter a horas de vôo, ou à vergonha alheia que é o Beto Carreiro e seus piririupiu-piririririupiu.

Atualmente, depois que a mesma empresa abriu o falido Hopi Hari (espero MESMO receber kits-retire-este-post-agora-e-eu-te-faço-hopi-happy), o Play virou um antro. Tem mais arrastão por lá do que em Praia Grande nas férias de Dezembro. É uma pena que as pessoas não saibam fazer um usofruto legal do parque, porque, na medida do possível, ele saciava a vontade de chacoalhar a pança e sentir ânsia de vômito. Eu bem me lembro a primeira vez que fui até famigerado parque de diversões. Tinha 9 anos, ainda morava no interior, e minha mãe saía de uma crise de pânico. Foi uma vitória conseguir ir, de uma vez só:

1) Sozinho em uma excursão;
2) Para São Paulo sem nenhuma referência familiar me segurando pelo pescoço;
3) Para um perigoso e tenebroso parque de diversões;
4) Na "Noite do Terror", que por si só já apavora mães com pânico.

Idiotamente, ao invés de honrar tamanha confiança depositada em mim, me fudi. Gastei todo o dinheiro que tinha até as 2 da tarde indo mil vezes no "Castelo dos Horrores" (ÚNICA atração paga entre 78 brinquedos). Me perdi das pessoas que eu estabeleci um vínculo mínimo de proteção pra não ficar sozinho na excursão, não conseguia lembrar POR NADA o nome do infeliz do coordenador da excursão, e saí na marginal SOZINHO à procura do ônibus. Seis da tarde estava num orelhão ligando à cobrar para minha mãe, chorando de fome, de dor de cabeça e de medo de não achar ninguém. A coitadinha, sem poder fazer nada, começou a dar duplos twists carpados a 250 km de distância de mim, e ligou para todos os parentes que eu tinha aqui em São Paulo pedindo pra me resgatar. Nove horas da noite eu estava em uma sala de "Achados e Perdidos", com o cara anunciando no megafone as minhas não-louváveis características físicas para que alguém do meu ônibus, por sorte, desse falta e me resgatasse. De repente, entre monstros fumando e contando piadas (adorei conhecer os bastidores), entra meu irmão na sala trazendo comida, dinheiro e procurando loucamente o organizador da excursão. Eu não lembro do nome dele até hoje, mas sei que o cara ficou MUITO puto comigo. Atrasei a excursão inteira e ainda fiz todo mundo achar que ele era um puta de um irresposável.

Cheguei no ônibus - o único ainda no estacionamento - com aquela cara de cu de quem atrasou a vida de todo mundo e não estava afim de ouvir gritos de zoação - que seriam inevitáveis. Tudo bem, eu assumo o grau de loserice que eu atingi neste dia. Mas, porra, eu era uma criança idiota do interior. Pra concluir eu acordei lá na minha cidade cheio de espuma de barbear na cara, muito batom na boca, e minha mãe com cara de desespero na porta da escola de idioma.

Por isto que este é o mais literal caso de "A gente se fode, mas se diverte".

Agora começam a pipocar histórias de excursão pro Playcenter na minha cabeça. Depois eu escrevo mais algumas. Prometo!!!

PS: Muitíssimo obrigado pelos comentários. Principalmente daquelas pessoas que eu não conheço pessoalmente! É muito legal ver quão longe pode-se chegar através da internet. Um dia quero conhecer todo mundo. To meio bichinha emotiva hoje. Abraços, obrigado e voltem sempre!

segunda-feira, 4 de maio de 2009

A gente se fode mas se diverte - Parte II

Eu sou aquele tipo de pessoa que ouve muito: "Só podia ser com você!". Não por ser um mitomaníaco - joga no Google. Mas por ser dono das histórias mais cabeludas que se ouve por aí. Não tenho culpa de ter uma vida social agitada, olhos atentos em todas as pataquadas que se sucedem, e, principalmente, uma capacidade interlocutiva cativante. E de repente minhas histórias são infindáveis e engraçadas, acabando por cair aqui neste espaço que vos escrevo.

Quando eu digo "a gente se fode mas se diverte", me refiro àquelas coisas que acontecem. Por exemplo: Teve um dia que eu estava voltando sozinho da faculdade, bem me lembro que era meio de junho, o que significa temperaturas bastante baixas. Vinha andando calmamente pela rua que me conduz até em casa, quando de repente um carro diminui a velocidade e começa a andar do meu lado. Aquilo já foi suficiente pra eu apertar o passo e o cu. Aí um cara abre o vidro do carro e põe-se meio corpo pra fora. Gente, juro. Eu fingi que não vi, mas já tava rezando até pra São Longuinho e esperando o pior. O cara me tira um BALDE D'ÁGUA e joga em mim, me deixando COMPLETAMENTE ENSOPADO. O carro saiu correndo e ouvi risadas muito altas. Fala sério se não é de foder? Puta dia frioooo, e eu tomo um balde d'água na cabeça DE GRAÇA! Nessas alturas eu já tava agradecendo por ser só um balde e só de água. Sei lá, podia ser mijo, cuspe, ovo, ou coisa pior. Mas era só água. Eu sei que cheguei em casa e meu irmão estava na internet. Não tinha chovido nem nada, ele me olhou com cara de espanto e logo expliquei. Ele sentou no chão pra rir da minha cara, e não bastando, chamou o meu amigo que morava pra gente que estava dormindo pra rir da minha cara também.

Semana passada eu tive um sonho muito ruim. Sonhei que fui assaltado três vezes SEGUIDAS! Tipo sai um vem outro, sai um vem outro. Foi bastante cansativo! Acordei me sentindo meio inseguro. Sei lá, não sei explicar. Porra, eu fui assltado três vezes dormindo, sabe?! Imagina acordado! Parei no ponto de ônibus na Rua Augusta esperando o meu Cidade Universitária. De repente salta um cara de dentro do ônibus, se põe em riste na minha frente com a cara a centímetros da minha, gritando e cantando uma música indiana acompanhada de uma dança bizarra. Cara eu quase caí no chão de susto! Não lembro a última vez que levei um susto tão grande na vida! Daí olhei pro lado e todo mundo que estava no ponto ria da minha cara - seja timidamente ou descaradamente. Daí eu engoli a minha raiva momentânea e comecei a rir da situação, porque só rindo mesmo. Porque, como disse antes, a gente se fode? Sim, se fode. Mas tem que se divertir também, né?

Momento Myself

Textículo do meu outro Blog inspirado por uma história de outra pessoa!

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Não que eu seja louco, longe disso. Mas tenho uma aflição, uma agonia e um desespero interminável em dividir o elevador com alguém. Aquela sensação de que o tempo não passa nunca....os andares ficam mais distantes uns dos outros, não há assuntos com aquela pessoa que vive tão perto, mas ao mesmo tempo é tão estranha. Sei que deveria aproveitar pra conhecer estas pessoas, mas não lá, naquele lugar, daquele jeito. Tomando uma cervejinha no barzinho da esquina...jantando formalmente, sei lá. Mas aquele momento é breve demais pra qualquer conversa que leve-nos a alguma coisa mais profunda. E longo demais para o silêncio.

E é aí que entra nossa consciência avaliativa meteorológica. Sempre sobra pro calor ou pro frio, ou mesmo pra chuva, reduzir a infinidade do tempo que nos une. Uma entrou uma tiazinha extremamente nervosa que tinha medo de elevadores. Era claustrofóbica, a pobrezinha. E eu não sabia o que dizer. Ela tremia feito vara verde, rezava em voz alta para que o elevador parasse logo e abrisse as portas, e, em um momento, chegou até a segurar em meu braço. Até isto é melhor do que o constrangedor silêncio. Pelo menos passa o tempo!

Eram já umas 11 da noite e eu estava um tanto bêbado por algumas cervejas a mais que tomara com uns amigos que encontrei por acaso. Entrei, solicitei a presença do dito cujo, e esperei por alguns instantes. Chegou até que rápido. Niquiqui abri a porta, ouvi o portão de entrada do prédio sendo aberto, como um sinal que dizia que uma indesejada companhia estava a caminho. Por um momento pensei que seria grosseria não esperá-la para subirmos juntos, sabendo que uma pessoa estava vindo. Mas, estando bêbado, queria que aquele momento fosse menos constrangedor do que já naturalmente é.

Entrei desesperado no elevador, apertei meu andar sucessivamente, e comecei a escutar os passos de salto alto vindo lentamente. Quanto mais o treco demorava, o som dos passos ficava mais nítido, evidenciando uma proximidade quase inevitável. Puta que pariu! Aquela porta parecia retardada, que não fechava! E os passos aumentando gradativamente. A porta começou a fechar e ouvi os passos aumentando de velocidade para uma corridinha na tentativa de segurar a porta... Prendi o ar por um segundo, de tanta tensão que me acometia naquele instante. Parecia que um psicopata dos mais perigosos estava prestes a me matar! Que angústia! Quase me mata mesmo, mas de nervoso!

E a porta fechou-se, então. Suspirei, ainda nervoso, com o coração batendo forte. Olhei para a câmera que tudo vê, e pensei que o porteiro deveria estar se matando de rir com tamanha idiotice: eu me encolhendo em um canto, apertando desesperadamente o botão de meu andar e suspirando logo após com o sucesso do momento myself.

Confesso que me senti ridículo depois que a sobriedade chegou. Mas dane-se! Aquele elevador foi só meu!

domingo, 3 de maio de 2009

Piada Pronta

Então tem gente que resolve cantar. O Roberto Justus é um que já causa uma boa de uma vergonha alheia.

Mas aí, quando você PENSA que Justus é o fundo do poço, se depara com este vídeo:



Então, como piada pronta que é, repare:

* Na cara de vergonha alheia das dançarinas.
* A comovente interpretação de Gilberto Barros de dar inveja a animador de velório.
* Quantas vezes ele falar "Acorrentado", quantas vezes ele vai juntar as mãozinhas em sinal de acorrentado.
*0:08: Cara no canto direito da tela quase obrigando a galera a levantar as mãos.
*0:17: Convidados do programa repensando o cachê.
*1:08: A mãozinha do Gilberto Barros!!!!!
*1:20: Solo de guitarra de churrascaria.
*1:49: Cara de assustar espectadores da dançarina.
*2:10: "Suuuuuuucesssoooooo".
*3:38: A "animação" das palmas da Platéia
* Beijo na família brasileira pra concluir.

Quer dizer né. O cara não te UM PUTO de um amigo pra contar pra ele que tá ridículo!

Mas eu conto. GILBERTO BARROS, volta pro buraco de onde o senhor nunca deveria ter saído. Deixa música pra quem sabe cantar. Contente-se em apresentar programas populares de televisão que já tá bom demais pra você.

Sem mais por ora!

sábado, 2 de maio de 2009

Virando Culturalmente

Amigos afoitos por novas Blasfêmias, tenho me ausentado, confesso.

Hoje eu vou a Campo em busca de muitas histórias e, certamente, conseguirei.

VIRADA CULTURAL DE SÃO PAULO!



Segunda-Feira voltamos com as operações normais!