terça-feira, 31 de março de 2009

50 coisas que aprendi assistindo Chaves

Gente. Recebi esse e-mail de uma amiga muito fã do Chaves. Eu sempre
assisti, quando criança, depois de velho,
e acho que muita gente também.

Muito bom o mail... Have Fun!



01. Seria muito melhor ter ido assistir o filme do Pelé.
02. As crianças mexicanas tem rugas.
03. JAMAIS enconstar em alguém que esteja tomando um choque.
04. Seu Madruga paga o aluguel todos os meses. Por isso sempre deve 14
meses, não 15, 16, 17...
05. Brasilia já foi carrão.
06. Não basta ser o maior professor do mundo. Tem que ter um pouco de
pepsicologia.
07. Pessoas bebem leite de burra.
08. Existe uma fruta chamada tamarindo.
09. O Quico é emo.
10. Devemos deixar os outros fazerem nosso trabalho para evitarmos a
fadiga.
11. A vingança nunca é plena, mata a alma e envenena.
12. As tintas verde-limão são as mais baratas no México.
13. Trabalho não é a pior coisa do mundo. Pior é ter que trabalhar.
14. Uma epístola é uma carabina, só que menor.
15. Azul escuro em inglês é blue marinho.
16. Equilibrar cabo de vassoura com o pé é maneiro.
17. Deixar uma casca e banana no chão pode causar um grande acidente.
18. O segundo episodio do Guilherme Tell é o mais caro do mundo. Por isso
o
Silvio Santos não comprou.
19. Alguns móveis são feitos de isopor.
20. Portas também.
21. Se me acordarem às 11h, tragam o café na cama.
22. Socos têm barulhos de sinos.
23. Sempre tem um filho da puta que rouba as moedas nas fontes dos
desejos.
24. Leite é muito parecido com gesso.
25. "Quero ver outra vez seus olhos olhinhos em noite serena" é, talvez, a
única música mexicana que metade da população brasileira conheça.
26. Um cabo de vassoura com um lençol amarrado na ponta
equivale a uma mala.

27. O pai do Quico na verdade está vivo, ele simplesmente fugiu de casa.
28. Alguns alunos são tão tímidos que nem os professores percebem
sua presença
em sala de aula.
29. Uma caveira significa prerigo. PRE-RI-GO.
30. Ninguém tranca as portas nas vilas mexicanas.
31. As marcas de catapora feitas com caneta hidrocor ficariam muito
estranhas na TV Digital.
32. Qualquer Mcdonalds da América do Sul lucraria caso vendesse o Mc
Sanduíche de Presunto.

33. Hector Bonilha é o Antonio Fagundes acima da linha do Equador.
34. As pessoas boas devem amar seus inimigos.
35. Deus é um cara legal por não deixar as vacas voarem.
36. Os carrinhos feitos com caixas de sapatos são os mais maneiros.
37. Não é indicado deixar uma máquina de lavar no meio da sala.
38. Nunca acredite em boatos de que seus ídolos morreram num acidente de
avião.
39. Bolinhas de tênis de mesa são parecidíssimas com ovos.
40. Pirulitos podem ter o tamanho de raquetes de tênis.
41. O trabalho infantil é legalizado no México.
42. Os roteiristas da série não sabiam o que era a aritmética.
43. O estilingue pode ser uma arma mortal.
44. Tem vez que Acapulco é no Guarujá.
45. Se você é jovem ainda um dia velho será.
46. Pouco me importa se você quer. Compre.
47. Algumas pessoas são idiotas a nível executivo.
48. As dívidas são sagradas.
49. Se você quiser vir a ser alguma coisa, que devore os livros.
50. Se capivaras tivessem trombas seriam trapezistas em um circo
tchecoslovaco.


Desculpaí geração Pokemon!

segunda-feira, 30 de março de 2009

O lado Humano de Dona Ruth

Gente. Preciso contar. Pra quem já leu as desventuras de Dona Ruth, minha vizinha de baixo, (se não leu, leia pra entender este Post), está prestes a ler algo impensado.

Sexta-Feira pela manhã, quando saía de casa para o meu estágio (adoro falar assim, parece que não trabalho ainda), tomei o elevador como de costume. Chegando ao térreo, encontro ninguém mais, ninguém menos que ela: General Führer Ruth. Mas, desta vez, estava desmontada!

Não usava seu habitual uniforme militar - as saias para baixo do joelho e os óculos grandes. Estava de roupa de faxina, bobs nos cabelos, e carregando um enorme (enorme mesmo) saco de fraldas geriátricas. Gente, posso falar? Fiquei sensibilizado. A não ser que a bexiga dela não valha mais um pardal desmaiado, ela deve ter um marido bem velho de quem cuida. Foi o que as olheiras profundas dela denunciaram para mim naquela manhã.

Deixei o rancor de lado e ajudei a colocar o saco de fraldas dentro do elevador. Ela esboçou um sorriso cansado e me agradeceu. ELA ME AGRADECEU! Fiquei tocado por aquela bruxa velha! Percebi que dentro daquela armadura de ferro que ela chama de peito, também bate um coração idoso.

Talvez ela não seja tãããããão insuportável assim. Talvez só tenha problemas. E talvez só esteja cansada. Talvez ela só seja velha. E talvez queira alguém pra por a culpa dos problemas da vida dela. Bom, daí ela se fodeu, porque não serei eu MESMO. Mas fiquei um pouco arrependido de blasfemar contra ela. Por isso este é o último Post referente a tão notável senhora (a não ser que aconteça mais alguma coisa de cair o cu da bunda!).

Se eu pudesse, ainda completaria naquela manhã: Desculpa General Führer Ruth...



...Mas vai encher o saco da puta que te pariu.

Abraços,

Victor.

quarta-feira, 25 de março de 2009

157 Reais

Sabe aquelas promessas de fim de ano que você faz desde que se conhece por gente, engole os grãos de lentilha secos e nunca mais? Pois é. Em 2009 eu decidi que este ano seria diferente. Ia perder os quilos que me acompanham há anos, passar em uma boa dermatologista pra arrumar minha pele de calango, fazer um clareamento nos dentes e cortar o cabelo só no Soho com a Cris. Bem bichinha assim mesmo. Eu tava necessitado de uma injeção de metrossexualidade. Às vezes olhava os mendigos na rua e me identificava. É claro que tudo isto terá um ônus no meu ânus - com o peidão do trocadilho - mas resolvi abrir a mão e investir em mim, gastando o dinheiro que estava guardando pra mais um intercâmbio. Porque...né? Afinal, eu mereço, moléstia às partes.

Eu sei que hoje foi a consulta na dermatologista. Eu fui ano passado em uma que só faltou me atender cortando o bife de alcatra (não vou passar o nome da mulher aqui por uma questão ética, mas aquela Drª Glória Maria Batista, Rua Mário Amaral, 319 - Paraíso, pertinho do metrô Brigadeiro....vou te contar viu. Fiquei com medo dela, do consultório e, principalmente, do mau humor da recepcionista. Quase apanhei.). Preciso nem dizer que NUNCA MAIS pus os pés lá né. Depois uma amiga minha me cedeu uma consulta com uma Dermatologista que tinha fila de espera de mais de 4 meses (não foi altruísmo dela, foi viajar a trabalho). Fiquei bebendo até de manhã e mifu: perdi a consulta dessa também. Depois de uma discussão no trabalho sobre qual era o tempo que um médico devia ter de espera para dar a entender que era bom, niquiqui eu decidi ir de novo em uma dermatologista, joguei o shuffle da Zona Sul da Unimed São Paulo e caiu na Drª Aline.

Cheguei atrasado, coisa não habitual em minha vida, mas que a Avenida Paulista me reservou de surpresa às 9 da madrugada. Esperei um pouco e então fui chamado. Bom, baseado em minha experiência supracitada, eu agora tenho alguns pré-requisitos quanto à um profissional da pele.

1- Tem que ser ela. Homem tá pouco se fudendo, no fundo, se você tá bonito ou feio. Eles querem cuidar de lepra, seborréia, cancro, dermatite...doença.

2- Ela tem que te cumprimentar com nojo. Sabe aquele cumprimento que se dá a mão com as pontas dos dedos? Se fizer cara de nojo melhor ainda. É sinal que é limpa e não tava enfiando a mão no pus do paciente anterior antes de vir tocar em você (de luvas!).

3- Ela tem que ser fútil. A dermatologia estética não pode exigir uma pessoa super cabeça. Ela tem que te querer bonito para "arrasar na próxima balada", e nada mais do que isso. Porque é isso que você quer dela também. Nada daquele "nhe-nhe-nhem" da saúde da pele, e tudo mais. Fútil assim.

4- Ela tem que ter um consultório clean (em itálico pra destacar o estrangeirismo desnecessário). Tem que ter chão reluzente, tudo branquinho e com cara de novo. Pelo mesmo motivo do segundo pré-requisito.

5 - Ela tem que ter uma pele de dar inveja à Gisele Bündchen. Porque casa de ferreiro o espeto é de pau é a puta que te pariu. Se sua pele for uma bereba aguda eu JAMAIS vou confiar no que você está me dando pra passar na minha né. É que nem nutricionista gordo. Valha-me Deus!

6 - Tem que querer ouvir seu problema como se fosse um problema grave. Porque não é né. Então tem que escutar como se estivesse diante de um jacaré-do-papo-amarelo, e aquela pele fosse a última fronteira de sua carreira. Assim faz a gente se sentir menos idiota de querer parecer melhor.

7 e último mas não menos importante - Ela tem que parecer, nem que de longe, no escuro, depois do atropelamento, com a Victória Beckham. É sinal de vigor e confirma a existência evidente do terceiro pré-requisito.

Bom, postuladas as exigências, eu digo que Drª Aline cumpre - e muito bem - todas elas. Foi tudo lindo, até eu sair e dirigir-me à Drogaria Onofre, a mais chiquezinha de São Paulo (que eu conheço) porque só lá pra ter as coisas que ela me pediu. Um shampoo, um sabonete, um gel minipeeling, um protetor solar fator 30 para uso diário, e um creme preventivo. Dá-lhe laboratórios importados. Sim, leitores. O prenúncio deste momento é o título do Post. Eu desembolsei naquela hora 157 reais, que significou 1 dia e meio de trabalho árduo. O que mais me irritou foi o protetor solar, que é do tamanho do meu dedo mindinho, da largura do meu dedão, e custou 50 paus!

E agora, neste momento, estou eu aqui ardendo no fogo do inferno com o meu minipeeling na cara e escrevendo minhas asneiras. Não vou me queixar, também, viu. Fiz o que fiz porque quis e não me arrependo. Mas espero que os resultados sejam nítidos, ou eu vou lá, acabo com a raça dela e difamo publicamente, como feito outrora.

Que venha o clareamento dentário!

terça-feira, 24 de março de 2009

Da série "O Orkut lhe quer bem"

Sorte de hoje: O mundo é uma tragédia para os sentimentais e uma comédia para os intelectuais

Quer dizer né. Lógica é a puta que te pariu.

Praquiqui o Orkut se arrisca pagar esse ridículo!?!?!

Vou voltar a ler a coluna da Mãe Dinah. E o Orkut que vá ao local obscuro de onde nunca devia ter saído.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Paulicéia Desvairada - Parte II

Logo que me mudei para cá, a maior maravilha que eu descobri foi a comida japonesa. Lá no interior até tinha uma tiazinha japonesa que fazia uma coisa ou outra, e eu já amava. Só que aqui em Sampa você tropeça em cada esquina num rolo de sushi. A partir disto comecei a comer comida japonesa deliberadamente e insanamente. Teve uma vez que, no alto de minha pseudomalandragem, fiquei observando o sushiman fazendo o rolo e depois cortando, na intensão de fazer em casa e baratear a brincadeira. Ah, e tirar uma de sushiman também, claro.

Eu sei que fui no Pão de Açucar - a filial do céu na terra, para mim - e comprei um pacote de alga marinha por R$10, achando que esse era mesmo o preço da bagaça. Depois minha tia que vive na Liberdade (bairro Japonês de São Paulo) me disse que em supermercadinhos de lá compra-se um pacote do mesmo conteúdo por R$2. Ou seja, né...mifu de novo. Já não tinha o arroz certo, então mandei ver no Tio João mesmo.

Ou seja, do meu plano inicial sobrou só a vontade de pagar de sushiman. Mas persisti. Botei o arroz pra cozinhar do jeito que tem que ser pra dar liga, piquei os recheios e quando estava começando a me preparar, toca o interfone. Eram caras da COMGAS que iam puxar o gás de rua aqui no apartamento. Suhi com obras. Só comigo mesmo.

Os caras entraram, e eu não desisti da minha meta. Coloquei a alga na mesa sobre a esteirinha, e tão logo comecei a esticar o arroz e colocar os recheios, o cara da COMGAS, que tava de olho comprido, não resistiu e perguntou:

-É trabalho de escola, é?

- Não. É meu almoço.

Peguei a faca mais cega que o Stevie Wonder e fui cortar o rolo (que ficou até que bonitinho). O arroz, que por sua vez não tava tão certo quanto deveria + faca cega = merda. Comecei a picotar os suhis e não sobrou UM ROLINHO INTEIRO pra que eu degustasse.

Fiquei puto pra caralho, taquei tudo num prato, muito shoyo e comi de garfo e faca assistindo Sônia Abrão.

Pudavida, nunca mais ousei explorar universos gastronômicos que não competem à minha sapiência culinária.

domingo, 22 de março de 2009

Irmina a Polonesa - O Retorno!

Gente, para tudo. Pra quem leu o Post Irmina, a Polonesa, caiam o queixo.

http://dispatch.com/live/content/local_news/stories/2009/03/22/immigrant_exploitation.ART_ART_03-22-09_A1_4HDAJ7F.html?sid=101

Nessa matéria de um Jornal local, o meu amigo chileno que sifu com a gente nas mãos de tão gorda polonesa, abriu o jogo geral e denunciou todo o esquema que sofremos na terra de Tio Sam.

Tô besta até agora. Irmina é agora uma CRIMINOSA!

Deve estar sendo presa, segundo o Felipe. Caralhaquatro! Que bafafá. Espero que num feda pro meu lado mais do que jpa fedeu.

Mexe com um chileno pavê.

Paulicéia Desvairada

Eu poderia montar uma sessão de posts aqui no Blog com esse nome, só contando as experiências que me sucederam quando mudei para São Paulo. Pra quem não me conhece ou não sabe minha história de vida (violinos ao fundo), eu nasci em Sampa, mas mudei quando criança pra uma cidadezinha (30.000 habitantes....é menos gente que na minha rua) do interior de São Paulo, tão cedo que nem tenho memórias pré-interioranas. Mas assim foi. Cresci, e por lá fiquei até completar 18 anos e mudar para uma cidade...menor. HaHa. Tá, não podia deixar de contar que morei em uma cidade que tinham macacos nas ruas. Mas sobre essa eu falo depois. Passei no vestibular, na famigerada Universidade de San Pablo (adoro dar um ar mexicano às histórias), e vim morar aqui.

Portanto, meu grau de inocência era muito alto. Eu parava pra ouvir todo pedinte, olhava cada vez que buzinavam achando que era comigo, pedia pizza e dava meu endereço apenas com o número do prédio, achava lindo tomar elevador, achava chique andar de metrô sozinho, pedia informação até para aqueles caras que as pessoas tem medo de olhar, andava de madrugada por lugares obscuros, puxava assunto e contava minha vida a qualquer um, e acreditava que o Pão de Açúcar era uma bênção divina por ser 24 horas.

Isto tudo sucedeu-se em 2006, ano que, coincidentemente, uma graaaaande amiga minha também se mudou de lá para cá pelos mesmos motivos. E, como no começo tínhamos tempo e não tínhamos mais nenhum amigo, nos encontrávamos frequentemente para fazer coisas juntos. Pra quem não se lembra, ano de Copa do Mundo. Não lembro onde foi (e to com preguiça de Googlear isso), só sei que a Itália ganhou.

No auge de minha supracitada inocência, fiquei sabendo graças à Central Globo de Produções que exibiam os jogos do Brasil em um telão no Vale do Anhangabaú (você que não é de São Paulo e não sabe o que isto significa pois não sabe o estado de degradação do Centro desta cidade, com certeza não meteu a mão na testa nessa hora). Imaginei na hora que deveria ser uma GRANDE emoção assistir a um jogo do Brasil na Copa em meio a milhares de torcedores brasileiros fanáticos. E foi.
Claro que não poderia ir só. Liguei para essa minha amiga - que é tão Barbie que faz escova e chapinha pra ir pra faculdade - e fomos os dois pro Vale do Anhangabaú assisti Brasil vs. Japão.

Chegamos cedo pra caralho. O telão ainda tava passando Vale a Pena ver de Novo, e tava MUITO vazio. Pensei até que era jogo de câmera da Globo nos takes pra parecer que estava cheio. Então fixamo-nos bem perto da cerca da frente, e fizemos companhia às únicas pessoas que estavam lá vestindo camisetas do tipo "Filma Eu", ou alguma mensagem pro Galvão Bueno. Ficamos conversando e nem percebemos que começou a encher de forma significativa, na medida que a hora do jogo se aproximava.

Gente, juro. Aquilo se tornou, em minutos, a Reunião da "Liga Nacional dos Mendigos Associados". Tirando nós, os que tinham mais dente na boca eram os cachorros - porque um mendigo SEMPRE tem um cachorro. Quando percebemos, já estávamos envolvidos na mendigagem de uma forma bastante olfativa. Determinada hora uma mendiga chupava mexerica e jogava o bagaço no público - eu era um deles. Com isso, logo saiu uma briga de mendigos, e nós começamos a ficar apavorados. Iniciou-se o jogo, e já não havia meio de sair dali. Estávamos no olho do furacão!

Como já diz o ditado: "Tá no inferno, abraça o capeta." Resolvemos assistir o jogo mesmo em meio a tamanho odor e tentar, na medida do impossível, curtir. Eu sei que foi uma coragem grande de nossa parte, mas naquela hora não tinha muito o que fazer mesmo. Começado o jogo, a cada lance que o Brasil chegava perto do objetivo me dava uma ânsia devido aos braços que se levantavam expondo aquele chorume a céu aberto. Estávamos absurdamente apertados e esmagados com os mendigos, que em alguns momentos desacreditavam estar na presença de tão formosa dama naquele lugar, minha amiga. Ela também desacreditava estar na presença de tão formosos lordes.

Eu sei que na hora que o Brasil fez o gol, perdemos o controle. A mendigada pulava e se descontrolou de uma forma, que a polícia jogou bomba de pimenta. Quer dizer né. Se tava ruim, fodeu ge-ral. Só que aquela merda de bomba de pimenta serve pra dispersar multidão. Mas a gente não tinha por onde ser dispersado, já que era cercado por grades. Ou seja, foi um tal de mendigo desmaiar que vou te contar. Uma hora eu e minha amiga abaixamos pra evitar respirar aquilo, mas a suvaqueira e o chulé dos mendigos tava tão forte embaixo que preferimos voltar pra pimenta.

Bom, daí eu já tive que abraçar minha amiga como se fosse namorada pra evitar que a mendigagem se aproveitasse da Barbicie dela, e até o fim foi rezar pra que aquele inferno acabasse logo. Gente, juro. Quando terminou aquele maldito jogo, eu jurei subir a escadaria do Bonfim por ter saído vivo de lá. Parecia que nós tinhamos sido atropelados por três escolas de samba inteiras, e surrados por He-Man e She-Ha juntos em uma batalha mortal. A gente se olhava e não acreditava que havíamos vivido aquela situação. Pegamos o metrô em silêncio, ainda tentando conformar-nos com o odor que exalava de nós mesmos.

Acho que foi o banho mais longo da minha vida. Quando o Brasil perdeu pra França eu quase comemorei. Mas tenho certeza que lágrimas de mendigo rolaram no Anhangabaú.

Paulistano desavisado é Paulistano fodido!

terça-feira, 17 de março de 2009

O Glamour da Estação da Sé...



Foi em um dia como este. Sim caros leitores, em um dia como este, que eu peguei um trânsito fenomenal - e não me refiro em nenhum segundo ao Ronalducho - fiquei horas a fio parado, e depois, quando desço a escadaria do Metrô da Sé, acreditando ilusória e compulsivamente em um milagre, me deparo com esta cena.

Neste dia eu cheguei ao final da escada rolante, agachei do lado da máquina de vender livros pra não ser pisoteado, e chorei. Chorei de soluçar, pior que muito choro da minha vida.

Chorei por uns 10 minutos sem parar, de lavar o rosto e a alma. Levantei, sequei as lágrimas, e entrei na fila pra pegar o próximo trem.

São Paulo tem disso. Tem dia que a gente tem vontade de matar dois, três, e tem dia que a gente ama como se fosse um filho. Neste dia, especificamente, eu odiei.

sábado, 14 de março de 2009

Da série "O Orkut lhe quer bem"

Gente, abro meu Orkut. Quase nunca olho a frase do dia, porque já taaaanta asneira, que nem olho. Mas como sou curioso às vezes, resolvi olhar hoje:

Sorte de hoje: Encontre a felicidade no seu trabalho ou talvez nunca saberá o que é felicidade.

É de foder ou não é? Olha esse Orkut que mal amado!!! E ainda me deseja mais trabalho! Sai de mim! Espero não correr o risco dessa praga pegar!

Felicidade = Trabalho?

Alguém aqui estava precisando sair mais com os amigos, arrumar um affair, viajar, comer em bons restaurantes, conhecer gente nova, estudar coisas novas, ler bons livros....tá loco!

¬¬

Fiquei puto com Orkut e ponto.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Sonhos surrealmente reais!

Essa semana teve um dia que eu trabalhei de madrugada. Por motivos de prazos, enfim. Não interessa porque eu trabalhei de madrugada. Só sei que fui dormir às 5 da manhã passadas.

Por volta das 9 horas da manhã, estava na maior profundeza de meu sono, quando ouvi baterem na minha janela. Tá. Não seria estranho, se eu não morasse no QUINTO ANDAR DO PRÉDIO. Uatarrél estaria batendo na minha janela naquela hora? Pensei que era um sonho, sabe aquele momento meio acordado, meio dormindo?
Virei pro lado, fiz um "minham minham minham" e cerrei as pálpebras cansadas. Volto a escutar batendo, desta vez de forma mais abrupta.
Caracaaaa manos! Que viagem foi essa? Dei um pulo na cama, porque agora estava certo de que era comigo o negócio!

Susurrei ainda em voz-de-to-definitivamente-louco:

-Pois não?

Cara, sussurrar "pois não" pra sua janela do QUINTO andar, é um momento ímpar na vida.
E o pior, respondeu!

- Oi! Quem está aí?

Puta merda. Ou foi a maior brisa da minha vida, ou era a realidade mais freak possível das nove da manhã daquele dia. Era uma voz no quinto andar, que interagia comigo, e mais: Era interessada na minha vida! Pensei se Dona Ruth não havia começado a subir DE FATO pelas paredes.

- Eu, uai.
- É que eu preciso que você abra a janela porque a gente vai pintar por fora!

Ufa. tava explicado. Cacete, essa síndica me mata do coração com pinturas na janela. Mas ainda assim estava descontente com aquela história. Porra, eu tinha ido dormir às 5! Isso representa apenas 4 horas de sono, que é pouco até pra um anão de jardim.

-Moço, vou abrir não!
- Ô meu filho! A gente mandou carta avisando que ia acontecer!
- Mas eu não recebiiiiiiiiiiiiiii!

Quem me conhece um pouco sabe que eu com sono, pra discutir com uma janela, num precisa nem de motivo!
Voltei a dormir, já puto. Tocou o interfone. Relutei em atender, mas era insistente.

- Alô! (nada amigável)
- Oi, é da Portaria. O senhor tem que abrir a janela pra pintar.
- Moço. Olha só. Eu fui dormir quase seis da manhã. Eu PRE-CI-SO dormir!!! Ele não pode voltar mais tarde não?
-Não pode. Então vai ficar sem pintar!

Ai se eu soubesse antes que a solução era tão simples.

-Ótimo! Fica sem pintar!

Voltei a dormir. Depois quando acordei pensei na vista da rua para o meu prédio. Todas as janelinhas pintadinhas bonitinhas, e as minhas amareladas e sofridas com o tempo.

Bom, pra quem já tinha discutido com a janela naquele dia, isso não era nada. Porque olha, vou te contar...pra dormir um pouquinho mais eu deixo janela sem pintar, quebro o pau com o porteiro, discuto com a janela, e sapateio na cabeça de Dona Ruth, se necessário for.

Boa noite. Fui!

quinta-feira, 12 de março de 2009

Sobre Microondas e Alface no Dente

Gente, juro. Há pouco estava num famigerado busão por esta cidade de São Paulo, e entrou uma mulher com uma bunda tããããão grande, mas tããããão grande, que eu não consegui evitar o olhar de inconformidade com aquele voluptuoso bolo de carne!

Porque ela não era exatamente gorda, e a bunda dela não era tããão grande pros lados (como geralmente é), mas era e-nor-me para trás! Seguramente apoiaria um forno de microondas naquela bunda com um vasinho em cima! E aí eu me peguei pensando em como certas coisas tem alta atratividade de nossos olhares.

Sim, molecada. Percebe o olho sendo puxado pela alface no dente! Você não quer! Você evita! Mas o olho volta sempre na alface, não importa o que! E mil outras coisas. Podemos colocar nesta lista cofrinhos! Nossa, quão grande é o grau de atratividade ocular dos cofrinhos?! Por isto que eu criei uma metodologia para que os cofrinhos sejam cobertos sem aquela clássica frase: "Viu, seu cofrinho tá aparecendo...". Colocar moedas! É aquele tipo de atitude que é tão básica que beira a genialidade. Como eu ter passado um trote telefônico no Disque-Trote que a USP tem para os calouros denunciarem abusos. Poxa vida, é um DISQUE-TROTE, sabe? Fiquei orgulhoso de mim.

Nossa, se for elencar a lista das coisas que puxam os olhares, vou ficar até amanhã.

Mas se tem uma coisa que era grande, era aquela bunda. Ai de mim se eu tivesse um microondas pra por em cima e testar se parava bem ou não. Ai dela se o microondas parasse em cima da bunda. Já mandava um Hot Pocket Sadia nugrau de fome que eu me encontrava.

Agora (parafraseando Guaraná Antartica): Um dente com alface mordendo o cofrinho daquela bunda, seria "O" acontecimento! Pagava pra ver.

Abraços!

quarta-feira, 11 de março de 2009

Emoção Oriental: um paradoxo moderno.

Texto do meu outro blog, mas eu acho que se encaixa bem nesse aqui.






Já diz o provérbio: "Uma imagem vale mais que mil palavras..." E como esta vale.

Dá pra imaginar tanta coisa!

Será que os japas presenciaram uma tragédia e estão se consolando? Será que estão num ato sexual público em pleno orgasmo? Seriam irmãos gêmeos se descobrindo? Ou quem sabe duas pessoas que se entregaram à emoção e abraçaram o primeiro idiota que viram na frente? Talvez pessoas que queriam expor suas novas dentaduras e não sabiam como!? Quizás ainda um casal dançando novamente seu primeiro bolero? Campeões de um reality show da "Melhor Idade" (qualquer dia escrevo alguma coisa sobre esta história de "Melhor Idade"...), ou ainda dois cantores alcançando notas agudíssimas? Quem sabe um novo tipo de "trote universitário" que se colam as pálpebras???!!!!


Bom, desta foto da pra perceber que tem emoção. Nesta imagem podemos entender no mínimo isto. É evidente que alguma coisa forte faz este dois se abraçarem desta forma.


Tudo bem, vou revelar dois mistérios: Um é a razão deste abraço tão caloroso, e o outro é se eles são Japoneses, Chineses ou Coreanos (Não podia perder a piada!).

São dois irmãos Coreanos (lá se foi um mistério) que não se viam há 54 anos e se reencontraram.

Mas que a foto é engraçadíssima, isto é!

terça-feira, 10 de março de 2009

Pré-Molar é a puta que te pariu

Como outrora prometido vou escrever sobre os dentistas. Ah, os dentistas. Se existem pessoas que nasceram com um sadismo intrínseco são eles. Fantasiados de fadas-dos-dentes, estes excelentíssimos filhos das putas nos provocam torturas dignas de regimes ditatoriais e ainda recebem por isso com um sorriso - irônico e invariavelmente bem cuidado - no rosto.

Eu honestamente acho que tem que ter um pézinho na Alemanha nazista pra querer ser dentista. Aforante todo este aspecto psico-sócio-cultural comum a todos eles, existem alguns aspectos que podem ser que sejam comum a todos, mas eu vou citar baseado em exemplos de minha vida dentária. Começa pela sala de espera. Pode ver que sempre botam lá uma mulher com cara-de-não-queria-estar-aqui-nenfu-mas-meu-marido-não-aguenta-mais-meu-bafo-de-onça, revistas idiotas (porque assim você não se desconcentra com uma boa leitura), e sem exceções, uma porta fina. Se eu fosse dentista ia investir pesado numa porta de madeira de alta qualidade, ou até à prova de sons. Porque aquele barulhinho de motorzinho vai dando um trimilique interno, e as pessoas na sala de espera começam a se entreolhar prevendo a hora que vai chegar sua vez, quase que uma empurrando a outra pra dentro do abatedouro. Péssimo.

Além disso, conclui que dentista é solitário. Ou sem noção, não sei bem. Porque quando você chega no consultório e entra, eles nem te dão bola. Estão todos lá preocupados com os procedimentos, equipamentos, senta aqui, como vai, e não passa disto. Bastou enfiar 3 algodões, um fórceps e aquele caninho de chupar baba, que eles desandam a querer estabelecer diálogos com você. E não, eles não fazem perguntas de "Sim" e "Não":

- Me conta o que aconteceu no seu Carnaval!

Porra. Eu podia ficar meia hora contando tudo. E não existe uma forma de responder monossilabicamente estas perguntas! Pode ver! Volta e meia perguntam coisas tão complexas que você precisava de um psicólogo te acompanhando em terapia pra responder. Do tipo:

- E o que você pretende da vida?

Se enxerga com todo este equipamento supramencionado dentro da sua boca ter que explicar o sentido da sua vida! Peraí né amigo?! Acho que faz parte da tortura isso. Te forçar a questões tão complexas que não possam ser respondidas e te deixem mal por não responder. Ou mal por nem saber o que quer da vida!!!

E as máscaras??? Ah, bendito foi o designer que criou máscaras temáticas. Acho que era pra ser com criança, mas alguns deles usam deliberadamente. É no mínimo traumático ver uma pessoa com cara de palhaço te enfiando o motorzinho na boca.

Sem falar da dor. Quantos dentistas não te disseram já:

-Segura a minha mão (ou da pobre assistente). Se doer, aperta.

Aí naquela hora que dá a fisgada você esmigalha os ossos da mão. Eles invariavelmente respondem:

-Ahhhhh, mas agora não dá pra parar! To quase lá.

Quer dizer né. Então pra que que manda segurar a mão? Segurasse o próprio pinto, que assim aperta e esquece um pouco da dor no dente. Queria que mandasse socar a cara quando sentisse dor. Aí ia ver neguinho parando pra por gaze no nariz sangrando. Seria tão, mas tão mais reconfortante poder devolver a dor de alguma forma. Ou então cravar o dente na teta da dentista pra provar que a dor dói.

Mas pra mim o mais cruel de tudo isto é pagar o dentista. Quase sempre é uma grana que você não tem, por um serviço que te maltratou psicológica e físicamente, você nem enxerga os resultados, e eles sempre soltam um "Obrigado" extremamente receptivo, caloroso e honesto no final. Quantos "enfia no cu" eu já segurei. Só a fada dos dentes sabe.

Não que eu ache bonito a banguelice, nem defenda o pretume dentário. Mas é que Tandy me irrita.

Por isto protocolei pra minha vida: Dentistas, um mal necessário.

domingo, 8 de março de 2009

And the Oscar goes to...

Gente. Fiquei muito emocionado essa noite.

Tudo isto porque o meu Blasfêmia Cotidiana foi indicado como um dos melhores blogs de humor (?!) de 2008!



Pois é. Tô chique! Óbviamente tomei uma lavada, pois concorri com gigantes tipo KibeLoco, Jacaré Banguela, etc. Mas ainda assim fiquei lisonjeado pela indicação e pelos míseros votos que recebi (que NÃO FORAM do meu pai, da minha mãe e da minha vó.)

Quero aproveitar pra agradecer as visitas de lugares exóticos que venho recebendo (HA! Eu sei de tudo, graças ao Google Analytics). E pelas pessoas que miraculosamente resolveram começar a comentar.

Abraços a todos e obrigado mais uma vez...

Victor

Foi feito pra você

Gente, juro. Adoro quando publicitário tem acessos de critividade com pop-ups interativos.
Um banco muito conhecido no país qua acabou de fundir-se com outro e se utiliza de cores laranjas (porque não tá me pagando NENHUM JABÁ pela divulgação) fez uma propaganda.
É pra você pintar o negão do Timbalada. Bom, eu obviamente não me contive, e usei a minha criatividade. Os resultados passíveis de Print Screen vocês conferem abaixo (clique na imagem para ampliar):





(Cosquinhas)


(Tampando o logo pra evitar mídia-espontânea)
Enfim. Usem a criatividade e abusem deste pop-up interativo!
Abraço!

Lucas

Ontem foi a festinha de aniversário do meu sobrinho, um gênio das tiradas, que completou 4 anos esta semana. Por isto publico algumas de suas:

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Minha Vó para o Lucas (não me pergunte o contexto, pois desconheço):

-Lucas, sua mãe é o pote e sua vó o potão.
-Então você é o Barril, bibi.

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Meu irmão compra batatas chips de maçã e tenta convencer o Lucas que uma alimentação saudável compensa:

-Olha Lu, essas chips são de maçã e são crocantes iguais as batatinhas.

Lucas come uma, engole e retruca imediatamente:

- São crocantes pra você que é gordão.

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Minha prima (e madrinha) ouve Lucas falando do Star Wars:

-Você conhece o Star Wars Lu?
- Conheço, madrinha.
- Sabia que é Guerra nas Estrelas?
- Sabia.
- É porque star é estrela e war é guerra em inglês.
- (Cara blasé) Eu sei. Minha mãe já me disse.
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Parabéns pro meu querido...muitos anos pela frente...

sexta-feira, 6 de março de 2009

Google Brincalhão

Gente, se tem uma coisa que me irrita no Google é quando ele resolve tirar com a nossa cara.
De vez em quando ele dorme com o Bozo de conchinha e vem zoar com a minha.

Veja o caso abaixo. Estava procurando (não me pergunte o porquê) estas palavras:



Aí Sr Google, no alto de sua benevolência, não encontrando o procurado, sugere..."Ahhhhh, queridooooo, serááááá que você não teria tido a intenção de procurar isto????".

Devido ao grau de esdruxilidade da palavra, até causa aquela dúvida né. Putz, será que era isso que eu teria querido dizer? Cliquemos na sugestão, eis que surge:



Google responde: Bom, se era isso que você queria procurar, foda-se, porque também não existe!

Quer dizer né. Porque que sugere então? Alguém já te deu uma sugestão alternativa inexistente?

Tipo você perdido nas ruas de São Paulo. Pergunta a um transeunte:

-Por favor (porque é educado(a)), pra chegar no prédio do Correio eu pego a Rua João XXIII?
- Ahhh, não seria melhor você pegar a Casemiro de Abreu?
- Ah, é? Melhor? Então vou por ela, obrigado.

Depois de três horas rodando, e sem sinal de NENHUMA Casemiro de Abreu, você volta pro local que encontrou o elemento (já fulo da vida) e pergunta (desta vez desprovido de muita educação)

- Ô meu senhor! Onde é que tá essa merda de Casemiro de Abreu?
- Não tá não.
- Cuméquié?? E porque é que você me manda pra lá, então???????
- Ué, você já tava perdido mesmo. Tanto fazia se era na João XXIII ou na Casemiro de Abreu!

Bom, você, no mínimo, enfiava a mão na cara do cidadao, né não? Mas como ele é o Google, e não tem uma cara pra eu enfiar a mão, eu guardo o ódio no coração para que, quando estiver em Los Angeles, próximo à sede deles, possa fazer um ataque terrorista à altura.

Sorte a deles que a passagem pra L.A. tá cara. Sorte a deles.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Instituto da (falta de) Sono

Eu tenho problemas respiratórios desde que nasci, era intrínseco ao meu ser.
Minha respiração sempre foi um milagre. Tive todas as "ites" que um pulmão + nariz podem suportar.
Aos 20 anos eu respirava tão mal (de dia e principalmente de noite) que resolvi operar tudo que fosse necessário pra viver normal. Significou alterar o desvio de septo (já contei essa), tirar as amígdalas, diminuir a campainha (sim...) e a adenóide. Tava parecendo uma múmia no fim da cirurgia. Mas isso é o fim da história. Antes disso o médico pediu uns exames pra avaliar meu estado de saúde pré-cirúrgico, sendo um deles no Instituto do Sono.

O Instituto do Sono é aquele que sempre aparece com as estatísticas quando tem Globo Resporter sobre "Dormir Bem". Aí mostram os vídeos de pessoas que sambam a noite inteira, sonâmbulos, etcetera. Minha missão era passar uma noite lá. Pensei que seria meio chato né...afinal é como um hospital. O quê meu amigo? A hora que eu cheguei no quarto quase caí da cadeira! Parecia suíte de hotel de luxo! Uma cama gigante só pra mim, banheiro com banheira, televisão e tudo! Do alto da minha ignorância comecei a imaginar que seria uma noite sensacional. Só faltava a enfermeira gostosa.

Logo entra Dona Edna, uma enfermeira baixinha e gordinha com uma berruga na testa. Era o início do fim. Falou pra eu tomar banho, mas num podia lavar a cabeça porque iam colar os eletrodos e o cabelo não podia estar molhado. Agora para. Pensa que antes de você dormir uma pessoa diz que vai colar eletrodos na sua cabeça! Na hora pensei na Feiticeira com aqueles eletrodos na bunda que contraia e relaxava (exercício de sedentário). Fui tomar banho, esqueci e lavei a cabeça. Putaquepariu. Já fiquei imaginando aquelas merdas dando choques em mim a noite toda. Sequei tanto com a toalha que ela nem percebeu!

8 horas da noite eu deito na cama e a véia começa a me colar eletrodo. Gente, juro. Ela ficou até as 9 colando aquelas coisas em mim. Eu quase perguntei se ela num queria que eu abaixasse a cueca pra ela colar eletrodo no meu pinto! Tava pior que o Frankstein em noite de testes!
9 horas da tarde ela apaga a luz do quarto e me diz: "Boa noite, durma bem!". Quem me conhece um pouquinho sabe da minha absoluta notivagacidade. Soltei um sonoro:

-Cuméquié??? Pera lá minha senhora! Você querer me grudar um monte de coisa, vá lá, mas querer que eu durma as 9 da tarde já é demais!

A tia: "É bem. Vocês dormem às 9 e a gente acorda às 6!"

Quer dizer, né. A berruga na testa ficou fichinha! Já anunciei:

-Tá, só que é assim. Eu não consigo dormir cedo...posso ver um pouco de televisão pra ver se embalo?

-Pode, um pouco pode.

Não deu outra. Liguei a TV que só pegava Globo e assisti novela e BBB. No fim do famigerado Reality Show, voltei à minha realidade com Dona Edna adentrando meu quarto e tomando o controle da caixa mágica de mim:

-Bom, agora você tem que dormir.

Tá, entendi as razões daquela pobre senhora, mesmo sabendo que não conseguiria. Deitei, e não parei de fitar aquela câmera que me mirava de volta no teto. De vez em quando eu me virava de lado pra tentar arrumar uma posição mais confortável e soltava um eletrodo com um evidente "ploc!". Lá entrava Dona Edna e sua berruga, acendia a luz, passava cola, grudava, segurava um minutinho, apagava a luz, fechava a porta e falava dorme bem. Dorme bem né. Na casa da mãe dela. Lá pras 4 peguei no sono. 6 horas da manhã entra Dona Edna com um sorriso no rosto - que significava fim de expediente - e quase cantarolando uma música de "Bom dia".
Cara...cada eletrodo que ela me arrancava cantarolando aumentava a vontade de arrancar a berruga dela a dentadas. Meu mau-humor matinal é incomparável.

Me mandou pro café da manhã, que por sinal, foi sen-sa-ci-o-nal! Nem sei como eu comi aquelas coisas todas. Tava num estado deplorável! Parecia que tinha sido atropelado por três escolas de samba! Determinada hora parei o olhar num tiozinho que estava com uma cara tão desolada quanto a minha. Ele olhou de volta com cara de "estou no mesmo barco" e falou:

-É um café de rei pra compensar uma noite de filho da puta né.

Resumiu tudo. Que noite filha da puta!

Resultado do exame: Problemas respiratórios ínfimos detectados em um curto período de tempo, e constatada insônia crônica.

Mereço?

Experiências Soteropolitanas

Como eu disse antes, passei o Carnaval na cidade do Carnaval. Sim, queridos leitores, fui pra Pipoca de Salvador, e vivi momentos duca. Mesmo! (thx Mari pela sensacional acolhida!).

Cheguei no sábado de Carnaval. Desci do avião e segui as indicações de minha amiga pra pegar um busão (bandeira 2 nego, nenfu!). Paulistaníssimo, pedi 37 informações e aguardei quietinho o meu ônibus chegar. Parou o ônibus e logo surge o motorista com a mão na cara do primeiro da fila que ensaiou entrar no referido, anunciando:

(Leia com um sotaque baiano para que se torne mais verossímil)
- Rapaz...já fiz três viagens sem parar, vou descer, dá uma mijadinha, comer um sanduíche, tomar um cafézinho. Se vocês quiserem esperar, muito que bem, eu levo. Se não, pode esperar o próximo chegar aí, ou pega um táxi, se vira! (batendo uma mão contra outra).

Neste momento assimilei que não estava me deparando com o baiano way of life. Não. Ser baiano é mais que isso! É uma filosofia de vida auto-construtiva e anti-destrutiva! Mas eu sou paulistano estressado da coxa branca e fiquei batendo o pé do lado do busão.

Bom, cheguei no meu ponto, fui pra casa, coloquei as coisas e ia encontrar meus amigos no Campo Grande (um dos circuitos lá). Eis que rola essa conversa com o taxista no ponto:

- Por favor, quanto que dá até o Campo Grande?
- Ahhhh, mas eu não vou pro Campo Grande agora não, vice.
- ?
- Tá um engarrafamento dos inferno praquelas bandas!
- Moço. Eu preciso ir pro Campo Grande! Você tá me dizendo que vai se recusar a me levar porque tá engarrafado????

Tá, nesse momento me baixou o Paulistano enfrentador de trânsitos homéricos diariamente, sofredor, curintiano...

-Mas num levo mesmo! Vê lá com o último da fila dos taxista que talvez ele te leve.

Entrei no Táxi.
-Vai pra onde?
- Pro Campo Grande.
- Rapaaaaz, vou pro Campo Grande agora não! Pode descer.
- Porqueeee????
- É que tá tudo engarrafado lá por uma hora dessas. Não vou mesmo, por dinheiro nenhum!

Gente, juro. Pensa se os taxistas de São Paulo se utilizassem deste critério! Eles iam morrer de fome! Trabalhariam da meia-noite às seis da manhã, porque só essa hora não tem trânsito nesse inferno de cidade.

Pensando bem, comecei a concordar com o João Gilberto:

"A Bahia que vive pra dizer como é que faz pra viver..."

Quer dizer né...Tava à pé e tinha acabado de levar um tapa na cara de João Gilberto. Mas tudo deu certo, foi lindo, e agora to até achando que paulistano é tão estressado...

Mas logo passa, porraaaaaaaaaa!

segunda-feira, 2 de março de 2009

Rapidinha

Primeiro quero desculpar-me pela ausência. Foi grande, eu sei. Mas Salvador, Carnaval, Praia e, especialmente, amigos do caralho, exercram uma força sobre mim mais forte do que se calcula, e eu me ausentei do Universo por 10 dias. Mas rumbora!

Tem desenhos animados que me intrigam. Falo mais outra hora. Mas um especialmente me deixa meio (coloque aqui seu adjetivo apropriado).

Capitão Planeta. Tá lembrado? Concordo que é louvável a idéia deles lutarem pela natureza e blá. Mas tem uma coisa muito errada nesse desenho.



Na hora de "morfar" (/Power Ranger) eles gritam:

TERRA!

ÁGUA!

FOGO!

(Até aí tudo bem. Elementos da Natureza).

CORAÇÃO!!!!!!!!

Peralaumpoquim, minha querida. O grupo das visceras não é aqui não. Tá aí o capitão Planeta que podia avisar a menina. Mas com certeza nos bastidores devem rolar uns pegas muito fortes, e eu não ponho minha mão no FOGO pela integridade moral da que põe o coração na história toda. E a coitada que introduzia o ar deve ter tido uma puta briga com o diretor do programa.

Os bastidores. Ah, os bastidores. Felizes aqueles que sabem o que faz o ar ser substituído pelo coração.