domingo, 27 de dezembro de 2009

Coluninha and Plus!

Aí galera, mais uma vez minha coluna de Viagens no Guia da Semana.

Foi escrita meio às pressas, mas precisava falar pras pessoas: PAREM DE COMPRAR PACOTES!


Aproveito pra falar Feliz Natal e Ano Novo (atrasado e adiantado, respectivamente).

Vou mandar a Carta que escrevi pro Noel. Logo. Prometo.

Beeeeeijos!!!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Circozinho

Quando morava no interior, era uma alegria só quando chegava um circo na cidade. Desde a montagem da lona até a divulgação que os produtores faziam na escola, ou mesmo encontrar todo mundo que se conhecia em volta de um picadeiro. Falando nele, descobri com o tempo e muitas apresentações depois que o tamanho do picadeiro é um indicador social de poder econômico do circo. Quanto menor o picadeiro, mais fodido é o circo (no mau sentido).


É claro que a história que eu contaria aqui não seria sobre a apresentação do Cirque du Soleil. Não. Teve uma vez que chegou um circo na cidade, que não teve força nem pra conseguir divulgar nas escolas. O circo era tão falido, mas tão falido, que as cadeiras VIP custavam 5 reais e a arquibancada 2. O picadeiro era tão pequeno que um adulto deitado com braços e pernas esticados à la Homem Vitruviano cobria fácil a loninha.

Fomos eu e duas amigas e, claro, pegamos as cadeiras VIP. Não poderíamos deixar de aproveitar a pechincha. Pra começar que o bilheteiro era o mesmo cara que fazia um espetáculo com uma bicicleta (ó o nível das apresentações), o de passar fogo no corpo (e ele se queimou que a gente viu graças à nossa privilegiada posição no espetáculo) e o globo da morte (que mal comportava uma moto), além de vender pipoca no intervalo. Ou seja né. Era um showman basicamente. O palhaço era MUITO estúpido com as crianças. Tinha a maior caradicu EVER. Chamava as crianças pra fazer brincadeiras com eles e punha apelidos...tipo o coitadinho do menino que tinha uma puta orelha de abano orelhas levemente avantajadas, passou a ser o "Dumbo" pro palhaço. Xingava de chupacabra e xuxamenegheliava com as crianças gritando toda hora. Tava vendo o momento que ia dar um safanão no pédoreia de um moleque desavisado.

Saí daquele circo me sentindo mal. Faltou alguém pra chegar pra eles e falar: Gente, desculpa, faliu. Vai vender chiclete no farol, vai operar bolsa de valores, vai fazer depilação íntima, não sei. Dá um rumo na sua vida, porque ficar aqui jogando malabares pra cima não tá dando mais pra vocês. Tipos pega o Carequinha Pride, guarda na gaveta, e vai fazer outra cousa, porque circo já deu.

Como eu não sou nenhum exorcista, acabar com a magia não é minha especialidade. Deixei o recinto agradecendo pelo espetáculo. Possivelmente o último deles, certamente o MEU último espetáculo circense. Mas deu uma dózinha daquele circo falido...

Tia Vera

ATENÇÃO: Este Post está recheado de linguajar chulo e profano. Retire as crianças da sala.

A minha família não é o lugar pra se encontrar um arquétipo de normalidade. Ninguém bate exatamente bem, a começar por mim. Mas há que se ser justo, que ninguém é tão nonsense quanto minha Tia Vera. Ela é uma celebridade entre meus amigos, que já ouviram várias histórias que eu reproduzo levianamente. Experimenta perguntar:

-Tia, e seu marido?
-Tá vivo ainda, infelizmente.
-Coitado tia! Você não fala de verdade né?
-Meu filho, se você me vir chorando no velório vai ver se alguém me bateu. Falsidade pura. Se chorar vai ser pra não traumatizar as meninas. E o pior é que aquele filho da puta é capaz de me enterrar e ainda ficar com a minha pensão.

E por aí vai. Ela tem várias histórias que já fizeram minha uretra sufocar, mas talvez a melhor de todas seja a que vem a seguir.

Então minha tia foi convidada prum chá de cozinha da filha de uma ex-chefe. Lá foi ela pro fatigante ritual que se desenrola em chás de cozinha. A noiva pega o presente fechado, tenta adivinhar o que é: Se acerta, sussa; se erra, paga uma prenda, que geralmente é ser pintada, desnudada, ou qualquer coisa assim.

Ela disse que chegou e ficou espantada com o número de velhas entediantes que se encontravam no referido evento. Como aquilo tava tão animado quanto contagem de votos pra síndico do prédio, ela resolveu propor em alto e bom som:

-Oi, gente? Isso aqui tá muito chato. Abre logo essas porras de presente aí e vamos fazer alguma coisa mais animada. Já sei! Vamo pegá um pano preto, botar farinha e sentar pelada PRA VER QUEM TÁ MAIS ARROMBADA!


Bom, disse ela que nessa hora ouvia-se o zunido das moscas. Todo mundo com uma senhora cara de piauiense. Disfarçaram, deram uma risadinha amarela e continuaram a brincadeira. Ela completa:

-Fui embora né. Não tava dando pra aguentar. Era sério, sabe? Ninguém se empolgou!

Pois é. Essa é a minha Tia Vera. Tijuro que vou tentar botar ela numa cadeira pra contar um monte de história em frente a uma câmera. Sucesso do Youtube.

Agora vamo combiná: Não sei porque ninguém se empolgou!!!!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sonho meu - parte III

Ô nego pronto pra ter sonho idiota que sou eu. Já contei uma vez ou outra alguns sonhos toscos que me acometem. Aí vai mais um.

Sonhei que eu morri. De morte matada. Mas conto como. Estava em um puteiro vintage. Sei lá. Parecia mais um cabaré oitocentista. Mas era um puteiro. Só que era nos dias de hoje. Ah, sabe essas coisas de sonho tipo era minha casa mas não parecia minha casa? Então. Tava lá nem sei fazendo o quê (/suprimir parte pornográfica do sonho), de repente começou a rolar um puta (ha!) tiroteio, eu fugi, saí correndo, mas continuaram me seguindo pra matar, eu desisti. Parênteses: Eu sempre falei que não ia ser desses caras que, percebendo a morte iminente, ia ficar correndo o filme inteiro, não. Porra, tá todo mundo morrendo, eu sei que vou morrer, não sou galã americano, nem tenho trilha sonora bonita ao fundo ou um amor pra encontrar no fim. Eu sou o figurante que cai no buraco que se abre sob os pés, sabe? Então que matem logo e não me enche o saco.

Acordei (no sonho) depois de ser morto e só fui perceber que tava morto quando atravessava paredes. Fiquei uns 20 minutos atravessando paredes e dando risada porque não doía. Qué dizê né. Quando é besta, é besta vivo, morto, acordado ou dormindo. Entediado com a minha nova capacidade de transpor objetos, resolvi dar um rolé, e ví uma renca de espíritos de outras épocas andando por aí. Tipo gladiadores, filósofos gregos, Dercy Gonçalves. Queria ir no meu velório pra saber se tava bombando (olha o egocentrismo aí geeeente), mas quando vi um calendário descobri que já tinha passado três meses do dia que morri. Fiquei puto, rodei mais um pouco, tentando encontrar os espíritos de luz que achei que deveriam me buscar, encontrei um amigo.

Ele conversava comigo como se nada tivesse acontecido, mesmo sabendo que eu era um presunto. E as pessoas começaram a achar que ele tava ficando louco e quiseram interná-lo. Niquiqui iam interná-lo, a porra do pedreiro que tá fazendo obra no apartamento de cima do meu deu uma marretada e eu acordei. Feliz por não estar morto. Triste por não transpor paredes. Feliz por não ter ido pra um puteiro sonambulamente. Triste por meu amigo não ter sido internado. Feliz por ter matado as saudades da Dercy. Puto por ter sido acordado a marretadas.

Levei marretadas e voltei à vida. Ó só que ironia do destino!

Life Upgrade

Eu tava pensando que na minha vida as histórias que as pessoas mais se divertem são as que eu mais me fodo. Mas me descobri absolutamente capaz de me foder e ser feliz (/autopiadinha).

Há uma semana tava comendo o pão que o diabo ensaiou pra Rainha de Bateria do Carnaval 2010. Não interessa porque. Só sei que tava desencantado com a vida. Mas paulatinamente descobri que não tenho vocação pra Maria Merecedez, Marimar, tampouco Maria do Bairro. Essa capisciosa trilogia me fez lembrar da ululante máxima: A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.


Pronto. Por isso tô comendo o pão do diabo com fritas e um suco de melancia (porque Coca engorda e eu não tenho aporte econômico pra tirar costelas como fez Thalia) e descobri que é justamente essa a razão das minhas tragédias gregas serem, na verdade, tragicômicas. Pode chamar de bobo-alegre. Pode chamar de idiota. Pode chamar de filho da puta. Tá, filho da puta não.

Eu só sei ser feliz.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

As novas do Lucas

Lucas, meu sobrinho de 4 anos, e a consciência alimentar:

- Vô, porque você não planta café?
- Porque deveria Lucas?
- Porque assim vocês param de tomar esse com ACIDULANTE!

Puta vida. Eu comia um Cheetos no momento.

_____________________________________

Lucas e a verborragização culta:

Eu entrando no quarto dele, ele olha pra mim e fala:

-Saia daqui, sua criatura maléfica dos pântanos!

Olhei com cara de uatafuck pra minha irmã, que respondeu:

-Calma. É só uma fala do desenho!

Me senti um pouco menos criatura maléfica dos pântanos...

domingo, 6 de dezembro de 2009

10 coisas que mais me irritam (continuação)

Aí cambada. Como a lista acabou se alongando, dividi em duas partes. Os ódios devem ser minuciosamente explicados para ninguém achar que eu sou louco.

6 - Danças típicas
Me irrita muito ver na televisão ou em apresentações ao vivo pessoas vestidas em trajes típicos de seus países, dançando alegremente e todo mundo tendo que gostar porque "é cultura!". Odeio dança típica. Especialmente as tribais, aborígenes e essas coisas. Respeito o direito de dançarem. Mas não perto de mim. Vem com aqueles instrumentos bizarros, vestimentas ridículas e balangandans pra cima de mim que vai ver só. Dança típica me desequilibra!

7 - Ser mal atendido / Grosserias gratuitas
Sérião. Antes de eu trabalhar nos EUA como recepcionista de Hotel e ouvir as maiores barbaridades de velhos com artrite, eu ficava com dó de atendentes que eram estúpidos. Pensava: Pobre proletário, deve estar tendo um dia ruim. Depois de passar pro lado de lá do balcão, adquiri esse ódio. FO-DA-SE que você está tendo um dia ruim. Eu não tenho NADA A VER com isso. Enfia o dedo no cu e rasga pra ver se melhora. Morde a cabeça do filho, trepa no muro do vizinho, arranca os pelo do sovaco a mordida, faz pipoca do testículo, TE VIRA. Tenho nada com isso, to pagando e EXIJO um ótimo atendimento. Vale também pra pessoas mal comidas que saem de casa quando deveriam se enterrar numa tumba de faraó, e acabam soltando despropérios a torto e à direita. Se resolve primeiro, paga terapia, corta os pulsos (se a terapia não adiantar), simula suicídio pra chamar a atenção...sei lá. Depois vai viver em sociedade.

8 - Mendigos me tocarem
Nossa, como me deixa louco. Eu entendo, tá, não me venha com o papo de consciência social porque eu a tenho, e muito bem aflorada. Mas num posso com mendigagem me tocando. Porra, eles coçam a bunda, enfia o dedo em qualquer lugar, acaricia cachorro que nunca viu água, assoam nariz com a mão e depois vem querer me encostar? Ah, peralá. Minha deliberação higiênica não permite. Não vem dando a mãozinha não que me desetabiliza. Causa batedeira, sério. Você aí, eu aqui, assim somos felizes!

9 - Gente lerda
Gente lerda me irrita muito. Muito. É meu lado paulistano ansioso dando as caras. Gente lerda no trânsito que passa no amarelo e te larga no vermelho. Gente lerda no metrô que não anda e nem deixa você passar pra pegar o próximo trem. Gente lerda no comércio que precisa de um sistema de análise de dados pra processar uma troca de palavras com o cliente. G-e-n-t-e l-e-r-d-a. Minha ansiedade causa um desconforto absurdo com gente lerda. Começo a não conseguir disfarçar e vai me dando um negócio, uma angústia, um pererê, que não sei do que sou capaz.

10 - Raul Gil
Mais do que ódio, eu tenho nojo do Raul Gil. Pra começar que pra mim ele é pedófilo meio esquisito. Acho muito estranha a relação dele com aquelas crianças. Ele tem um papo enorme. Ele se emociona fácil. Ele pinta as unhas de rosinha claro. Ele tem um cabelo tinjido de acaju. Ele tem uma voz de dar náusea. Ele tem um microfone dourado. Ele faz cara de humildade finjida quando começam a puxar o saco dele. Ele é garoto propaganda das Casas Bahia. Ele chama Raul. Ele tem um nariz de batata e dentes mais amarelos que girassóis. Ele é moralista. Ele é um sucesso entre as velhinhas. Ele me deprime, me constrange, me altera a sanidade mental. Pensar nele cagando ou tendo uma relação sexual me ajuda no regime alimentar. Raul Gil me deixa fora de mim.


Gente, sério. Deixem aí nos comentários ódios idiotas que vocês têm. Agora que terminou minha lista estou me sentindo meio freak. Vai, me ajuda aí!

10 coisas que mais me irritam

Tem coisas muito idiotas que irritam as pessoas. Eu tenho 10 coisas primordiais que tem em comum o fato de serem totalmente bestas. Sabe aquela coisinha de nada que te irrita MUITO? Pois é. Montei minha lista de coisas toscas, banais, supérfluas e irrisórias que me tiram do sério. Mas assim. Me tiram mesmo. Algumas delas me causam palpitações no miocárdio. Di-las-ei, portanto (prepara que é grande)

1 - "ELA MERE-CE, ELA MERE-CE!"

Nossa. Meu, sério mesmo. Eu sei que nem deveria assistir um programa que esteja sujeito a este tipo de levante popular. Acho que isso nunca aconteceu em um programa da Cultura. Mas sendo um apreciador de determinadas doenças da televisão, às vezes sou exposto a esta irritação. Quando o público começa a gritar "Ela mere-ce, ela mere-ce", meus pêlos ouriçam, minha garganta seca, e meu saco contrai. Quem é você, ó vagabunda do auditório, que nem sabe nada da vida daquela piranha sobre o palco, pra julgar a meritocracia intrínseca ao recebimento de determinado prêmio? Só porque o Gugu escolheu a casa dela pra ser reformada você acredita que ela merecia? E se ela bate na vó, chuta o cachorro, cospe no vizinho e molesta o papagaio? Você não sabe da vida dela, porra. Então antes de fazer um estudo psico-social aprofundado da vida daquele indivíduo, por favor, não fala que ela mere-ce!

2 - Choro de criança

Uma vez peguei um voo São Paulo - Paris que uma criança chorou inadvertidamente do meu lado por 11 horas e 45 minutos. Podia ser pior: Poderia estar indo pro Japão, ou serem gêmeos siameses. Mas uma, apenas, pra Paris, foi suficiente para me deixar com vontade de chutar a boca do francês da imigração e voltar pra minha casa. Crianças choram, meu coração pula. Não de preocupação por elas estarem feridas ou tristes. Mas de ódio. Tenho ojeriza a choro de criança. Não posso ver um episódio da Super Nanny, que me causa descompensação da pressão arterial. Não sei, NÃO SEI o que vai ser dos meus filhos.

3 - Sabonete que cai
Sérião. Isso me desequilibra de uma forma, que tenho vontade de sair pelado do banheiro, entrar debaixo do edredon e chorar. Por vários motivos. Por ter que abaixar pra pegar, pelo chão ser sujo, pelo barulho que faz a saboneteira, por eu não ter visto que tava caindo. Tudo. E você vê que nada realmente é relevante neste ódio. Mas se não fosse idiota, não estaria nesta lista de ódios idiotas.

4 - Flauta peruana

Não posso mesmo com flauta peruana. Me dá enjoo. Especialmente porque eles não tocam músicas típicas peruanas. Não. Eles tocam "Like a Virgin"! Mas eu odeio antes do repertório em si, o som daquele instrumento. Dá vontade de bicudar a banquinha do Peruano madito que também nunca está tocando, só coloca lá a porcaria do CD que algum infeliz gravou, e fica vendendo aquela bosta pra algum torturador do Serviço Secreto Iraniano. Pelamor. Escuto aquilo meus músculos se contraem todos e me causa tremedeira de tanto ódio. Malditos peruanos.

5 - Barulho de boca

Já cansei de dizer inúmeras vezes. Este é o meu maior ódio de todos. E não, num adianta vir fazendo barulho de boca proposital pra cima de mim que não cola. Tem que ser espontâneo e, melhor que isso, se a pessoa sequer conseguir perceber que está fazendo. Comendo de boca aberta. Mascando chiclete nojentamente. Velhinhos chupando a dentadura. Idiotas bebendo sopa. Crianças chupando sorvete. Beijos alheios. Minha amiga dormindo. Sério, minha amiga que dividia quarto comigo e fazia "nham, nham, nham" enquanto dormia, quase (QUASE MESMO), teve sua boca esmurrada em um momento de sono. Mas daí eu cutucava ela, que parava. Juro, me tira do eixo mais que tudo.

To be continued...

Vem pra cá, vem pra cá!

Tava lembrando com uma amiga outro dia como, desde que nasci, eu sou idiota.

A segunda vez que eu fui pra diretoria em toda a minha história escolar, foi absolutamente ridícula. A primeira também foi. Acertei um ferro na cabeça de uma amiga - mas foi sem querer. JURO!

Voltemos à segunda. Estávamos eu e minha amiga no famoso recreio. Sem ter o que fazer, fomos à Biblioteca. Pra nós, a biblioteca foi lugar de diversão, não sei nem porque. A biblioteca da escola era tão pequena que a catalogação dos livros não chegava a uma centena. Mas eles tinham revistas. Muitas revistas.

Folheando uma Veja, vimos uma foto de meia página do Silvio Santos. Agora vem a idiotice: Não sei porque parvo motivo, decidimos roubar a foto de tal apresentador. Minha amiga começou a rasgar lentamente a página para que o barulho não pudesse ser ouvido pela bibliotecária Magali. Estava dando certo, até o sinal tocar. Bateu o desespero na minha amiga que arrancou de supetão a foto, fazendo um barulho de rasgo e levantando as orelhas da Maga. Quando percebeu a cagada, minha amiga saiu correndo, seguida por mim, e a mulher atrás de nós.

O mote de toda a discórdia estudantil.

Corremos pelo páteo inteiro fugindo da pobre funcionária que anunciava aos berros: Devolve aqui, se não vocês estão fodidos!!! Mas não paramos sob ameaças. Corremos feito retardados, e quando ela se aproximava de um, passávamos pro outro, que corria mais ainda. Quando o alvoroço ficou grande, a diretora em pessoa foi conferir o que se passava, deparando-se com esta estapafúrdia cena. Conclusão: Nós dois sentados na cadeira da diretora com uma foto do Silvio Santos na mão. Pois é, né.

Punição: Se não achássemos outra revista pra repor a subtraída, teríamos uma semana de suspensão. Como não tinha cara de falar pros meus pais que ia levar suspensão por ter roubado uma foto do Silvio, saímos pela tarde à caça de uma Veja de três meses antes. Passamos em TODOS OS CONSULTÓRIOS. Médicos, dentistas, esteticistas, depiladoras. Ninguém possuia. Quando já estava quase desistindo e indo pra casa contar o ocorrido, passa uma colega nossa e fala: Que vocês estão fazendo aqui? Explicamos o escárnio que se deu, e ela respondeu docemente que seu pai assinava a Veja e poderia dar pra gente a edição que certamente teria em sua casa.

Pronto. No dia seguinte estávamos nós lá na sala da Diretora repondo o patrimônio escolar.

Recebemos uma advertência contundente: NUNCA MAIS façam isso.

Juro: NUNCA MAIS roubei nenhuma foto do Silvio Santos!

Subway!

É só clicar na imagem abaixo negada!!! Agora sim!


Aí vai!!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Prepara, Brasil!

POST 200! EDIÇÃO ESPECIAL!

Todos bebemos, rimos e nos emocionamos embasbacamo-nos com a escolha do Rio como sede das Olimpíadas de 2016. Pela primeira vez na história da sua vida, você vai poder assistir pelo menos o salto com vara. Fizemos até piadinha que em "Tiro ao Alvo" e "Corrida de muitos metros fugindo de bandido", somos imbatíveis.

Mas antes deste fato se passar lá em terras fluminenses, aqui, na paulicéia desvairada, acontecerão jogos da Copa do Mundo de 2014! E aí vem a fatídica pergunta: O que estamos fazendo para nos prepararmos pra receber gente do mundo inteiro, ahn? Ãhn????

Isso mesmo. Nada.

Porquanto, eu, como um bom turismólogo cosmopolita, venho dar minha contribuição para o Governo do Estado de São Paulo. Não que ele mereça. Mas não quero ver neguinho fazer feio com a gringaiada e depois dizer que ninguém ajudou.

Apresento a vocês, o Mapa do Metrô de São Paulo - Versão Gringa.

Resultado de um trabalho árduo de tradução - inclusive Tupi-Inglês -, está abaixo a nata da inclusão globalizada. Com este mapa, NENHUM GRINGO há de se perder em solo Paulistano.

E como inclusão é a palavra de ordem, você que não é de São Paulo, lê este modesto Blog e não quer ficar sem entender as piadas, clique aqui para conhecer as estações verdadeiras do Metrô.



Que venham os Jogos e a Copa. AGORA SIM, estamos preparados.

UPDATE: Por ser um animal internético, não sei como faz pra vocês enxergarem a porra do mapa.

Bom humor matinal

Hoje tinha tudo pra ser um dia perfeito. Acordei com uma garoazinha fina, um ventinho gelado, sem sol nem telefone tocando. Até que peguei o ônibus. Aquela porra estava tão lotada, mas TÃO LOTADA, que os passageiros começaram a ter relação simbiótica. Se perguntasse pro meu coração qual sangue ele tava bombeando, não saberia se era do meu corpo, da velha que me encoxava ou do negão que eu encoxava. Estávamos tão grudados que me deu crise existencial. Não sabia mais se era jovem, velho, branco ou negro. Aqueles dois passaram a fazer parte de mim pelo trajeto.


Por ser 9:30 da madrugada, eu já estaria suficientemente mau humorado. Mas, por incrível que pareça, o COBRADOR, este ser que nada faz além de cobrar, me tirou um sorriso do rosto.

Tinham inúmeros velhinhos pra descer no ponto do hospital das Clínicas. Quando chegou, ele me solta em alto e bom tom:

- Aí criançada, chegou o ponto das Clínicas. RG na mão e bom passeio!

Pronto. Passei a achar engraçado o roça-roça, a lotação do busão e dei risada até do meu mau humor habitual. Preciso começar a ser sociável pelas manhãs. Pelo bem da minha existência.

domingo, 29 de novembro de 2009

Ode à Cerveja

Em um momento de apreciação do líquido amarelo-dourado (não, não to falando de urinoterapia ainda), comecei a pensar nas incontáveis vantagens que nosso querido suco de cevada traz à humanidade e, olha, não são poucas.



Se eu fosse Jesus, dava cerveja ao invés de vinho. Se eu fosse médico, receitava cerveja ao invés de lexotan. Se eu fosse alcoólatra, bebia cerveja ao invés de cachaça. Como eu não sou nem Jesus, nem médico, me reservo ao direito de beber muita cerveja.

Veja bem. Porque comer Activia se cerveja pode te regular o intestino? Porque tomar fluoxetina se cerveja pode te tirar da depressão e trazer alegrias incontidas? Porque tomar hidroclorotiazida, se cerveja é diurética? Porque comer, se cerveja é granola líquida?

Cerveja proporciona momentos de integração social como nenhum outro líquido jamais fez. Nem coca. Nem cola. Tampouco Coca-Cola. Se associada a mesa de metal, copo americano, samba e petisco, tem seu poder integrador potencializado ao infinito. Tenho CERTEZA que se Palestinos e Judeus tomassem uma gelada juntos, acabava o problema no Oriente Médio.

Resumindo: É a materialização da alegria. É a solução dos problemas do mundo em estado líquido. É a perfeição gaseificada.

E aí? Bora tomar uma breja/cerva/loira/gelada?

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Recesso


Informo meus queridos leitores e visitantes que por conta de uma frustração aguda que me acometeu, estou de recesso.

Crise criativa, paunocu, viadagem, falta de auto-confiança, chamem do que quiser. A Folha me disse por meio de uma prova cartesiana e meritocrática que eu não to pronto pra isso pra isso, dando o tapa na cara mais doído que eu já recebi.


Portanto vou me recolher à minha mediocridade jornalístico-existencial por tempo indeterminado e, tão logo eu volte a acreditar no meu potencial, estarei de volta neste espaço e nos outros vários que por uma ignorância do destino rascunho umas besteiras.


Sem mais por ora.

*UPDATE*: Foi o tempo que eu precisava pra me apiedar de mim mesmo. Pronto. Passou. Agora só to puto, o que já é suficiente pra escrever de novo. Pelo menos aqui.

*UPDATE 2*: Pra quem se importa. Foi importante eu não ser admitido na Folha. Agora estou muito mais certo do que sempre soube: Preciso aprender muito, e quero, mais do que nunca, estudar tudo o que eu puder, pra não ser um jornalistinha meia-boca.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Low Batt

A Blasfêmia não partiu originalmente de mim, apesar de já ter pensado nisso inúmeras vezes. Mariana, minha amiga, ouvindo o chamar repetido e irritante do seu celular sem bateria falou: PUTAQUEPARIU! Pra quê é que esta merda fica apitando?

E neste momento me identifiquei com sua angústia. Precisava de uma reunião com os empresários da Nokia, Motorolla, Samsung, LG e Sony Ericson para perguntá-los: Porque um celular sem bateria precisa ser TÃO CHATO?


E não, não adianta por no silencioso, que deveria por si só indicar que você não pode ter um barulho importunando. Muitos deles simplesmente ignoram seu pedido de silêncio e continuam a fazer seu "pi-pi-pi" individualista e incessante. Alguém em sã consciência acredita que as pessoas GOSTAM de ter seus celulares descarregados? Não, queridos. Nós também não queríamos viver esta situação. Gostamos de nossos bichinhos virtuais funcionando como deveriam. Mas é que às vezes acontece, sabe?

Além disso, se esse fiudumaquenga não gastasse o resto de energia que lhe sobra pra avisar que está acabando, certamente duraria mais um pouquinho.

Então pronto. Está lançado o Projeto Celular Quieto. Tá acabando a bateria? Apaga. Morre. Mas pelamor, NÃO ME ENCHE O SACO!

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Medo de quê?!

Gente.

Trago aqui, em primeira mão (?!), a lista de fobias da Wikipedia. Sério. Vale a pena perder um tempinho e ler esta lista. Para adiantar a vida de pessoas ocupadésimas, destaco os principais, com comentários entre parênteses.

Afobia - Medo da falta de fobias ( A pessoa teme não temer nada. Tipo isso!)
Anemofobia - Medo de correntes de ar (Tipo: Fujam! Aí vem uma brisa! E ela é MARÍTIMA!!!!!)
Anatidaefobia - Medo de ser observado por patos (Donald! Que cetá olhando malandro????!!!!)
Autofobia - Medo de si mesmo ( Aquele cara que não confia nem na sombra. LITERALMENTE!)
Caetofobia - Medo de pêlos (Terapeuta apresenta paciente pro Tony Ramos que morre do coração)
Cosmicofobia - Medo de movimentos cósmicos (CARALHO! Uma estrela cadente! Salve-se quem puder!)
Dextrofobia - Medo de objetos do lado direito do corpo (Nem entendi esse medo. Mishplica!)
Estasibasifobia - Medo de estar de pé ou andar (UFA, agora nesta cadeira-de-rodas estou SUPER SEGURO!)
Estruminofobia - Medo de morrer defecando (Ah, porque se morrer VOMITANDO, tá sussa)
Fronemofobia - Medo de pensar (E como ele chegou à conclusão que sente esse medo? Pensando bem acho que já conheci umas pessoas assim).
Geniofobia - Medo de manter a cabeça erguida (Esse só o Corcunda de Notre Damme sentia)
Hipopotomosntrosesquipedaliofobia - Medo de palavras grandes (Percebeu o sarcasmo do psiquiatra que deu nome a essa fobia, né?)
Japanofobia - Aversão e medo mórbido, irracional e persistente de japoneses e sua cultura (às vezes eu também tenho, viu. Clique aqui e aqui.)
Megalofobia - Medo de coisas grandes (Se a ambiguidade estiver valendo, TEMA MESMO, minha filha)
Microfobia - medo de coisas pequenas (Se a ambiguidade ainda estiver valendo, TEMA MAIS DO QUE NUNCA, minha filha)
Narigofobia - Medo de narizes (Bom, se for contar o do Michael, acabo de me enquadrar nessa).
Nostofobia - Medo de voltar pra casa (Porque a rua é SEMPRE o lugar mais seguro).
Octofobia - Medo do número oito ( Ãhn???)
Quifofobia - Medo de parar (Acabo de descobrir a doença que acometia Sir Johnny Waker!)
Radiofobia - Medo de radiação (Ah, porque isso ninguém teme, não. Eu, aliás, ADORO um uraniozinho enriquecido)
Tafofobia - Medo de ser enterrado vivo (Taí outro pleonasmo. Porque eu TORÇO pra ser enterrado vivo!)
Uranusfobia - Medo do Planeta Urano (É, melhor não tomar esse ônibus espacial. Tem escala em Urano!)

Vale a pena conferir na íntegra esta maravilhosa lista e lembrar que se você se acha bizarro, SEMPRE tem alguém pior nesse mundo.

E vamo que vamo.

A

A

B

C

D

E

F

G

H

I

J

  • Japanofobia - aversão e medo mórbido irracional, desproporcional e persistente de japoneses e de sua cultura.

L

M

N

O

P

Q

R

S

T

U

  • Uranusfobia - medo do planeta Urano
  • Uranofobia - medo do céu
  • Urifobia - aversão e medo mórbido irracional, desproporcional persistente e repugnante a fenômenos paranormais
  • Urofobia - medo de urina ou do ato de urinar
  • Uiofobia - medo dos próprios filhos; medo da prole.

V

X

  • Xantofobia - medo da cor amarela / medo de objetos de cor amarela
  • Xenofobia - medo de estrangeiros ou estranhos
  • Xerofobia - medo de secura, aridez
  • Xilofobia - medo de objetos de madeira ou de floresta

Z