sábado, 31 de outubro de 2009

Lucas e a espontaneidade

Lucas, meu sobrinho de 4 anos, pra variar, mostrando pra que veio.

Na quitanda com a minha irmã, a mulher ainda usa aquelas calculadoras que gera um papelzinho mostrando a soma e não serve pra nada. Sabendo que não tem utilidade, o Lucas pede pra mulher o papelzinho pra poder desenhar depois. A mulher olha pra ele e fala:

-Não, bem. Esse não posso te dar.

Ele argumenta:

-Mas não serve pra nada!

Ela completa:

-Mas não posso te dar!

Lucas olha pra minha irmã e solta:

-Que mulher MUQUIRANA, hein mãe!
_______________________________________

Ele me pede a inglória tarefa de montar pela segunda vez o lava rápido da Hot Wheels, que deve ter sido projetado por engenheiros da Nasa, tamanha dificuldade. Minutos depois, desisto:

-Lucas, não sei montar não.

Ele olha bem pra mim:

-Tio. Você é bobo?

Não acreditei:

- O quê???????

-Você é bobo? - repetiu o infanto

- Por um acaso você conseguiu montar isso?

- Não, mas eu sou criança...


Meio que me senti BEM bobo.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sem hora pro destino

Quando estava em Porto de Galinhas, um dia voltei pra pousada pegar o protetor solar que esqueci, e ouço na Redigrobu, sintonizada na recepção: “Não perca, hoje em Vale a Pena ver de Novo o último capítulo de Senhora do Destino”.

Juro. Me gelou a perna.

Cacete, como essa merda de tempo está passando rápido! Me lembro muito bem da estreia desta novela que por um acaso eu assisti. Estava em Porto Seguro, com meu pé quebrado (preciso contar essa um dia) e assistindo a Carolina Dieckmann se passar por Susana Vieira jovem. De repente, lá estou eu anos mais tarde ouvindo que vai ser o último capítulo do vale a Pena ver de Novo?! Porra, então essa merda já passou duas vezes!!! Sem contar o tempo que levou entre a inédita e o repeteco.

Putaquel. Tô ficando velho. Esta ardida constatação me incomoda. Aceito doações para o botox asilo. Melhor começar a pagar desde já, porque quando menos perceber, vai estar rolando o Vale a Pena ver de Novo de Viver a Vida, e aí não vai ser Maria Rita com lararauês, mas Miúcha com a sua Bossa.

E como viver a MINHA vida não tem Vale a Pena ver de Novo: F-U-I.

domingo, 25 de outubro de 2009

Coluninha!



Para os meus assíduos leitores aqui, ali e acolá, sai mais uma edição da minha Coluna de Viagens do Guia da Semana.

Outro dia falando com uma amiga que inicia um Blog sobre viagem de luxo e disse que quer me convidar pra escrever uma coisinha ou outra, comecei a pensar que só escrevi sobre coisas pobres até agora. Acho que não tenho moral pra tanto...

Bom, tamo aí né.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Enfim, Sexta!

Ê!!! Hoje é sexta-feira, dia de perder a dignidade!



Para aqueles que, como eu, ficam desesperados de ver a programação da 33ª Mostra Internacional de Cinema, e no melhor estilo, "Se não posso ver tudo, não vou ver nada", com raiva de uma programação tão extensa, desencana da vida cultural e vai pro bar.

Então vou contar uma história inspiradora que me aconteceu para encher seus corações de luz as vidas alheias de motivação para estragar a decência em uma sexta-feira qualquer.

Toda quinta-feira, nós, ECANOS, temos a famigerada QuintaiBreja, uma reunião etílico-depreciativa em um abiente descolado, com pessoas bacanas e música - quase - sempre boa.

O problema é que estou ficando velho. Sabe aquele senso de não-pertencimento? Você anda, anda, anda, conversa com grupos aleatórios, puxa papo com o catador de latinha, tagarela com pessoas que nem sabe o nome, mas chega um momento que bate a solidão. Nenhum de seus amigos de outrora está lá pra te dar um ombro. Que faz, então? Decide ir embora, bêbado, sem saber mesmo se está indo pro lugar certo. E, claro que, sem tem ninguém pra te guiar, não está.

Vou ao ponto de ônibus errado, pego o ônibus errado, e isso já é bem tarde. Não contente, durmo, e só acordo no ponto final na Zona Norte de São Paulo. Para uma questão de compreensão logística, eu moro na Zona Sul, ou seja: o extremo oposto. Já se fazia mais de meia-noite, eu estava em um local que não fazia ideia de onde era, no ponto final, encarando uma cara de cu do cobrador que causava indecisão nos seus peidos: não sabiam mais se desciam ou subiam.

Desci do ônibus e vislumbrei um MHotel de quinta catiguria. Entrei, não me lembro quanto paguei na diária (minha consciência monetário-deliberativa modifica-se proporcionalmente à quantidade ingerida de etanol), e dormi até as 6 da manhã, quando o dia já surgia claro e eu pude perceber que estava a metros do Metrô Tucuruvi. Fui embora com um gostinho de vômito satisfação por ter conseguido chegar são e salvo em casa no dia seguinte.

Então hoje é sexta-feira, dia da estragueira, dia de bebedeira, dia de ficar sem eira nem beira, dia de falar besteira, plantar bananeira, de fazer a zueira, de sacudir a poeira, de xingar o Nogueira, de batucar frigideira, espantar a pasmaceira, de cair na gafieira, de beijar a faxineira, da alegria costumeira, de curar bebedeira com bebedeira, dia de bagaceira.

Mas não se esqueça, depois vem o sábado!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

As vantagens do Exército

Sabe que quando chegou a minha vez de me alistar no exército eu micaguei forte. Não que eu achasse mesmo que eles me quisessem por lá, mas você sabe né. Eu, com essa cara de bobo, pareço filhinho de papai, às vezes um general mal-comido em um dia ruim, poderia encanar com a minha pessoa.

Saquei do meu exame cardíaco feito quando tinha 5 anos de idade (lembrando que os testes para o exército são feitos aos 18), e mostrei que minhas válvulas funcionavam pior que de um Del Rey 84.

O médico do exército arregalou uns olhos de medo e me mandou sentar em uma cadeira para aguardar a liberação de uma forma que me deu até paúra. Pensei: Puta que pariu, tô com um pé na cova e outro no skate e nem sabendo de nada. Nem pelado ele me mandou ficar.

No fim tudo deu certo, eu fui dispensado com louvor e minha mãe me disse que, de fato, quando pequeno, meu coração não valia nem um pacote de bala mastigada. Mas depois ele se recuperou (disse minha mãe né...) e vivemos todos felizes para sempre.

Mas esse vídeo me deu MUITO arrependimento de ter escapado das glórias do serviço militar.



Não lembro a última vez que ri tanto de um vídeo. E rio porque estou livre de todas estas vantagens insuperáveis. Ah, o serviço militar....

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Da série "Publicidades Lamentáveis"

Estava sentado na minha humilde cadeirinha do computador, no auge de 1 e pico da manhã, exercendo toda a multidisciplinaridade intrínseca ao meu lado feminino - afinal dizem que só mulher consegue fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo - falando no MSN, redigindo trabalho da faculdade e assistindo ao Programa do Jô (amigos me odeiam por trocar a TV a cabo pela boa e velha Redigrobu. Mas é o Jô, vá).

Comerciais no Jô. De repente escuto: E se tivesse um carro que estaciona sozinho?

Braço convicto, atentei-me para o fato. Pensei: DEOSDOCÉU. Se inventaram esse carro, JURO que vou contar moedinha pra comprar. Arrepio até os pelos mais inóspitos só de pensar em balizas!

E aí vem o complemento:

Quem questiona está sempre à frente. FEI*: Aqui você aprende a questionar.



Ooooooooooooooooooooooooi? Peralaumpoquim, querido amigo publicitário. Sério, Suzanne Richthofen feelings. Meio que me baixou a Conga.

Quem, em sã consciência, vai querer aprender a questionar sobre carros que estacionam-se sozinhos? E desde quando fazer especulações medíocres o torna um questionador?

Tá. Eu sei que se colocassem: "Qual a fundamentação do existencialismo Sartriano?", 97% das pessoas que se interessariam pela FEI fugiriam, com medo de ser coisa do diabo.

Mas, calmalá né. Não precisa chutar o pau da barraca. Esse questionamento leva quem, aonde?

Me leva, no máximo, a lembrar que dou graças a Deus (apesar dos pesares) por fazer parte da Universidade de São Paulo, que me ensinou a questionar umas coisinhas um pouquinho mais pertinentes do que suposições automobilísticas.

E olha hein. A Publicidade brasileira é internacionalmente reconhecida por sua criatividade.

Não me sai uma questão da cabeça (isso pega!): Será que a FEI também forma publicitários? Deve formar. Publicitários questionadores.




* FEI = Faculdade Essencialmente Idiota Fundação Educacional Inaciana. Ah, tá tudo explicado. Inaciana = Luis Inácio? Nunca antes neste país uma faculdade foi tão questionadora.
Enfim. Não suprimi o nome da faculdade pois tinha que trabalhar esta ação de demarketing pra eles. Foi conquistado.

sábado, 17 de outubro de 2009

Sobre genitores e senhas

Meu, eu não sei quem foi o primeiro Hacker, mas eu amaldiçoo a sua existência, de seus genitores, e dos genitores de seus genitores ao CU-BO.


Então meu Hotmail resolveu dar pití. Não sei que que deu na cabeça dele, mas não tava bem não. O que me faz pensar que eu sou um dos últimos seres humanos na terra que não tem um GMail ao invés de tão antiga plataforma. Mas tudo bem, eu respiro, penso no TAMANHO do trabalho que eu teria de avisar o Universo que meu e-mail mudou, e resolvo apenas mudar a senha.


Sim, queridos. Meu Hotmail foi absorvido pelo lado negro da força Hacker. Só que pra mim, mudou a senha de um, mudou a senha de tudo. Porque eu JAMAIS vou decorar senhas individualizadas pra cada um dos 200 artifícios internéticos que me consomem.


A primeira raivinha é ter que criar uma senha. Ter que tirar uma combinação inteligente do cu e jogar lá, pro avaliador deles dizer que é fraca. Você revira sua adormecida criatividade para inventar senhas e finalmente chega a uma que ele avalia como boa. Pronto. Depois, a segunda dureza é achar em todos os lugares onde é que fica a parte de redefinir senha. Eles SEMPRE escondem mais que minha mãe escondia os ovos da páscoa (um dia eu conto essa).


Feito isto, sua vida seguirá por um caminho sem volta. Serão árduos dias colocando a senha velha em tudo e sendo negado seu acesso às próprias contas. Aí você tem que reescrever mil vezes por dia, e botar a senha nova - quando consegue se lembrar dela instantaneamente.


E eles sugerem mudar a cada 2 meses. AHAM. Beijomeliga né que eu vou passar por todo este sofrimento bimestralmente. E ai se eu pego esse Hacker. Maledeto!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Notícias que nos fazem repensar

Abro a UOL e vejo a seguinte notícia: "Atletas centenários disputam Jogos Mundiais Masters na Austrália".

Abro as fotos. Deparo-me com tal imagem:



Tudo bem. A comparação com o Mr.Burns fui eu mesmo que fiz. Me lembrou muito ele a cara dessa velhinha.

Mas tá aí a Dona Dorothy, com NOVENTAINOVE anos ainda pegando na raquete (/piadenha). E eu aqui, no alto de meus 22, considerando tomar um relaxante muscular porque só não me dóem as pregas do fiofó.

É de se assustar que alguns dias de acadimia me deixem numa leseira tão forte. Mr. Burns Dorothy me inspirou a ser uma pessoa mais fitness.

Se ela pode, eu também posso! Ai...que dor!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

10 Razões porque não tenho Twitter

Em tempos de tecnologia, às vezes me perguntam: SÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIO QUE VOCÊ NÃO TEM UM TWITTER?????

Hum, sério. Aliás, seríssimo. Me parece que se eu dissesse que matei três freiras tailandesas a golpes de calabresa cozida no alho poró teria menos impacto na atualidade. Ou melhor: Porque é que eu não pus isso no Twitter?

Sem querer dar lição de moral, mas o Twitter me lembra muito a Teoria do Rádio do Bertold Brecht. Ele dizia que um dia teríamos espaço suficiente para que todos pudessem falar, mas não haveria mais nada a ser dito.

Vai parecer um Post mal humorado e ranzinza, e é, PORRA!, mas a ideia é externalizar todas as razões que eu suprimo ao responder a pergunta acima.

Portanto, dou abaixo algumas boas razões pelas quais não tenho um Twitter, e acho que ninguém deveria ter também.




1. Eu não tenho o que falar toda hora. S-I-M-P-LE-S-M-E-N-T-E não tenho. Quando tenho, venho aqui, vou ali, e falo. Ou é pra falar, ou não é. Nénão?


2. As pessoas não tem o que falar toda hora. Que me interessa saber quem cagou, quem dormiu, quem viajou, quem bebeu? É o rumo natural da vida e se elas o fazem, parabéns: deveriam mesmo estar fazendo e nunca precisaram contar nada disso pra ninguém como se fosse um grande feito.


3. Sabe, o mundo virtual já é suficientemente agitado. Porra, eu tenho que tocar (ou ajudar a tocar) 3 Blogs, 1 Coluna, 1 Orkut, 1 Facebook, 2 E-Mails...tô sussa de arranjar mais uma pra cabeça (contando com o fato de que eu, como um bom anti-geek, pretendo ter uma vida pessoal FORA do mundo cibernético.).


4. Eu definitivamente não gosto do conceito dos malditos 140 caracteres. Prolixo por natureza, sempre me foi um fardo fazer caber as mensagens de texto em 150. Botar todas as merdas que eu penso em míseros 140 caracteres é uma tarefa im-pos-sí-vel.


5. Eu acho que o Twitter emburraliza as pessoas. Consigo enxergar Twitteiros tremendo pela próxima Twittada do Sérgio Mallandro. Eu sei, você dirá agora: Como se o Blasfêmia trouxesse MUITA cultura pra alguém. Não, de fato não traz. Mas ninguém pergunta pelas ruas: VOCÊ NÃOOOOOO LÊÊÊÊÊ O BLASFÊMIA COTIDIANA? E esta é a proposta mesmo, não trazer cultura. É o mais puro creme do milho verde panis et circensis. E somos felizes assim: eu, os leitores e os não-leitores.


6. Eu sou contra coisas internéticas que precisem de alguém pra te explicar como funcionam aqueles códigos, o que significa retwittar, nem as novas utilizações de @ e #, que não míseros arroba e numeral. Não quero saber como minha mãe se sente quando eu monto uma apresentação de PowerPoint em 3 minutos e resolvo todos os mistérios que assolavam sua existência. Pelo menos não enquanto eu tiver menos de 50 anos e menos pés-de-galinhas do que as próprias galináceas.


7. O mundo de alegria que sugere a identidade visual do Twitter me dá calafrios. Pensar que quando dá treta aparece uma baleiazinha fofa, me deixa verdadeiramente amedrontado. Aqueles passarinhos felizes, aquelas nuvens fofas, sei não. Aí tem.


8. Todo mundo que entra no Twitter fica meio doido. Já viu? É neguinho postando prestes a ser operado, outro dando suas últimas Twittadas antes de morrer, outro mandando comentários da noite de sexo. Que que isso, minha gente. Acho que o Twitter (e aí entra o medo dos bichinhos bonitinhos) absorve a alma de seus usuários. (/PastordaUniversal).


9. Não conheço UMA BOA RAZÃO pra ter um Twitter. Sério, já perguntei pra muita gente que tem e adora. As respostas são com frequência coisas do tipo..."Ai é muito legal". Óquei. Eu conheço várias pessoas coisas legais e não as uso por isso. Não é plausível.


10. Vou ser da contracultura, mano. Vou resistir bravamente ao Twitter porque nóis da periferia eu não quero ter um. Sabe quando pega birra? Não quero, não quero e não quero (tipos pé batendo ao ritmo dos "não quero".).

Eu sei que muita gente vai dizer que ajudaria a divulgar o Blog. I don't care. Gosto de quem me lê porque quer me ler. Sei que vão dizer: Meu, mas rolaram muitas coisas ótimas no Twitter! Sim, rolaram. Até aí o Gabeira fez coisas ótimas também e nem por isso eu sou casado com ele.

Não que eu não possa ser convencido a fazer meu Twitter funcionar um dia. Mas por ora, no Twitter for me. Prontofalei.

domingo, 11 de outubro de 2009

I'm looking forajob

Gente, sério agora. Isso é um clássico instantâneo.

São três pessoas que estão na Nova Zelândia, sem emprego por ora. Cansados de procurar, pocurar e...procurar mais um pouco, ouviram uma sonora risada de um suposto empregador: "Looking for a jobbbb? Ha Ha Ha Ha.

Ao invés de sacarem armas e matarem cidadãos neozeladeses de raiva, chegaram em casa, compuseram um Funk e gravaram em casa, como nasceram os maiores sucssos do YouTube.





Se o baterista não fosse meu primo, a musa sua namorada e o do macaão um grande amigo dele de outrora, provavelmente não conhecê-lo-ia. E depois me pergunam de onde vem esse gene da minha família. Não sei, juro. Mas é fato que meu primo compartilha dele.

Aguardem, eles estão preparando um reggae.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Você descobre que é chato quando...

Outro dia estava comendo um Sonho de Valsa e vi que as instruções informativas sobre valores nutricionais da embalagem deste bombom mudaram. E pode ser que eu tenha culpa nisto.



Há aproximadamente 6 anos, no auge de um regime louco, comi um Sonho de Valsa. Desesperado para saber quantas calorias havia ingerido, revirei o lixo e, ao procurar na embalagem os valores calóricos, deparo-me com a seguinte mensagem:

PARA INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS LIGUE: 0800-meiamole-meiadura. (Não lembro o número).

Fiquei muito puto. Como ainda era um adolescente sem ter nada pra fazer, nem um blog pra escrever, ninguém pra beijar, resolvi ligar lá e causar no dia da atendente que devia coçar a bunda em tempo integral.

(Atendente): Kraft, boa tarde, em que posso ajudar?
(Eu): Oi, eu queria saber alguns valores nutricionais do Sonho de Valsa.
(Atendente): Pois não.
(Eu): Pois não o que?
(Atendente): Me diga o que o senhor quer saber.

Momento putaquepariu. Eu tinha que NARRAR o que eu queria saber. Chutei o pau da barraca:

(Eu): Potássio.
(Atendente): 0,47mg
(Eu): Cálcio.
(Atendente com voz-de-não-acredito): 0,82mg.
(Eu): Magnésio.
(Atendente com bufadinhas esparsas): 0,03mg
(Eu): Hummmm. Sódio
(Atendente audivelmente irritada): 0 mg
(Eu): Sério? Sódio zero?!
(Atendente): ......
(Eu): Calorias?
(Atendente possuída): 112.
(Eu): kilojaules?
(Atendente com voz de te mandaria tomar no cu se pudesse): 80 KJ

E por aí vai. Peguei a tabela periódica e só não perguntei o enxofre porque ainda ia resultar da digestão de tal alimento.

Gente, juro. Acho que a mulher arrancou os pelos do sovaco no dente e pediu demissão no mesmo dia. A hora que terminei ela ainda foi sarcástica:

(Eu): Ahn...acho que é isso, então.
(Atendente): isso?

Arregimantes de plantão: Agradeçam-me por poder conhecer instantaneamente o valor calórico de um Sonho de Valsa, e, consequentemente, o tamanho do estrago na sua dieta.

Pequenos atos que fazem a diferença. Eu Fui!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

(Estranhas) Relações de Consumo

Outro dia estava no Pão de Açúcar e me peguei escolhendo entre um produto e outro.

Ia pegar um Toddynho, mas acabei pegando um Kapo sabor chocolate, que eu SEI que é infinitamente pior que o Toddynho.



Comecei a repensar todas as aulas de marketing, publicidade, técnicas para fazer seu produto ser lembrado e toda a pasmaceira que me acometeu por 4 semestres inteiros na faculdade, e me coloquei naquela hora na posição de consumidor. Não foi o preço, não foi a distribuição nas prateleiras, não foi a embalagem convidativa, não foi pelo Cálcio, Ferro e Zinco, não foi nenhuma propaganda do Reino Encantado das Crianças que Bebem Chocolate Preparado.

Não pude escapar da pergunta: Porque, ó Deus, eu estou escolhendo um Kapo e não um Toddynho, mesmo sabendo que o Toddynho é melhor?

Neste revelador momento entendi que eu não sou um consumidor qualquer. Que toda e qualquer publicidade em nada interfere minha escolha. Minhas decisões de compra são pautadas invariavelmente pela PREGUIÇA. PRE-GUI-ÇA.

Sim, amigos leitores. Eu estava pegando um Kapo por preguiça de separar o Toddynho da embalagem com 3, já que eu queria só um. Pronto, peguei o Kapo que já vem separado. Confesso que fiquei um pouco assustado com a dimensão da minha leseira. Mas de repente percebi que eu compro o Batavo e não o Paulista porque aquele tem a tampinha branca em cima da caixinha, e assim eu não preciso cortar os biquinhos.

E num momento de consciência me vi dentro de uma escolha alicerçada nos mesmos direcionamentos: Vou ao Pão de Açúcar porque é o mais perto de casa, mesmo sabendo que uma quadra à frente tem um Bom Preço que é bem mais barato.

Fiquei pensativo. Acho que deveria comunicar a alguém que às vezes a lei do menor esforço impera sobre qualquer decisão.

Melhor não. Acho que sou um caso muito especial pra Publicidade moderna.

Orkut, the bitch

Gente, olha o Orkut querendo contribuir para minha involução espiritual.


Sorte de hoje:
Uma das maiores vitórias que se pode conquistar é derrotar um inimigo pela gentileza.


Descobri que o Orkut é baixo. E quem escreve a Sorte de Hoje é, no mínimo, uma genuína American Black Bitch (abaixe os alto-falantes).

E falando em vingança, aproveito para divulgar os vídeos da "Leona - Assassina e Vingativa". Sério. Pra quem não conhece, esta pérola da filmografia brazuca caiu em meu conhecimento em Recife, mas deve ser divulgado. É o puro creme do milho verde da produção independente nacional.

ALERTA: Se você não é um apreciador de tosqueiras extremas, evite ao máximo estes vídeos.

Desde a Abertura, a Parte I, a Parte II e a Parte III - A Aliança do Mal. Percebam a tonalidade noir e a evolução técnica da produção.

Orkut, Leona e Bitter Bitch, juntos, formam o que há de negatividade NESTE MUNDO.


Vou pra Yoga purificar...

domingo, 4 de outubro de 2009

Dó do cão

Gente, sério agora. Chamem a sociedade protetora dos animais. Chamem o PETA, PATA, PITTA ou qualquer PUTA. Chamem a Luisa Mell, chamem alguém.



Tenho um vizinho - que não é exatamente meu vizinho, porque mora em outro prédio, mas é bem perto de casa - que não é normal. Pra começar que ele é japonês e tem cílios de traveco. O que é muito estranho. Mas este digno senhor, eu JUROPORDEUS que já vi em milhares de situações passeando com sua cachorra. Tudo bem, parece não ser um problema né?

Ele sempre tem o mesmo passo calmo, e a cachorra vem logo atrás com uma cara de desolamento INCOMPARÁVEL. Tenho certeza que ele é recém-aposentado e não tem nada pra fazer. Juro: Acho que ele passeia com a cachorra umas 8 a 10 vezes por dia. Ela NÃO AGUENTA MAIS. É nítido! A cachorra vai se arrastando e sempre olhando pra ele com cara de quem não vê a hora dele entrar logo pra um grupo de Dança de Salão. Sério...eu já vi eles passeando tipos 5 horas da manhã quando eu voltava da balada...11 da noite quando eu estava indo...é A-NOR-MAL. Fico muito incomodado por ela toda vez que vejo. Dá vontade de ir lá dar um abraço nela e falar: Calma, bem, eu te entendo.

Luisa Mell, tome alguma providência: Pelo fim do excesso de carinho animal.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

A coisa tá ficando séria...

E aí cambada!!!! Hoje, dia de saber que as Olimpíadas podem ser no Rio, dia de beber até cair para alguns, dia de viajar pra mim, dia de TANTAS coisas acontecendo concomitantemente (adoro concomitantemente).

Entre tantas estas coisas, a estreia da miha coluna no Guia da Semana.

É isso aí. Agora quem não cansar de me ler aqui no Blasfêmia, ou aqui no Vereda, ou aqui no TecoterecoTeco, poderá ler minha coluna de viagens no Guia da Semana.


É isso! E bom final de semana!