sexta-feira, 22 de maio de 2009

Ah, o Playcenter - Parte II

Então eu já contei quão loser eu consegui ser no Playcenter uma vez. Mas, sim, amigos, eu me superei.

Uma vez fui em uma excursão com vários amigos. Ir em vários amigos para um parque de diversões é uma merda. M-e-r-d-a. Cada um quer fazer uma coisa, e todos acabam fazendo aquilo que o que tem um maior grau de persuasão decide. Quase que fui eu, mas não deu pra competir com um amigo. Apesar de eu saber que estaríamos fazendo a maior cagada EVAH de ir na principal montanha-russa BEM na hora da chegada. Porra, todo mundo faz isso. Mas, como o poder argumentativo dele foi mais forte, e eu já sabia muito bem como era ficar sozinho e perdido naquele lugar, fui junto.

Ficamos DUAS HORAS E MEIA na fila. Gente, juro. Ninguém merece ficar 2h30 pra brincar por 1 minuto. Nem Alexandre Nardoni, Suzane Richthofen, Maníaco do Parque e Sérgio Mallandro juntos. Só que fica pior a história. Te juro pela integridade física do meu saco: Quando chegou a nossa vez, o brinquedo parou as operações por conta de uma chuva torrencial. Esperamos mais 15 minutos e não voltava aquela merda. Como chegamos e fomos direto pra fila, tava todo mundo mordendo a bunda do segurança de fome. Resolvemos: Vamos falar com o carinha pra que a gente possa só sair e comer pra voltar. O cara topou, falou pra gente ir que ele achava que ia demorar.

Saímos pra comer. Neste meio-tempo, resolvemos comprar capas de chuva, porque não queríamos ficar ensopados pelo resto do dia. Cada um comprou a sua e, quando eu abri a minha, ela tava INTEIRA RASGADA. Virei pra moça da loja:

- Olha moça, acabei de comprar aqui. Abri dentro da loja ainda. Tá toda rasgada a capa.
- [Cara de Cu] Se quiser compra outra.
- Moçááá! Eu paguei SETE REAIS em uma capa de chuva de plástico de supermercado rasgada. Você TENQUE trocar isso.
- [Tragada no cigrro e olhar por cima do óculos] Não é minha culpa. Se quiser, compra outra.

Naquela época eu era idiota. Se fosse hoje derrubava ela no chão, apagava o cigarro no olho dela e chutava até o fígado parar de funcionar. Tá, nem tanto. Mas ia armar um SENHOR barraco. Só comprei outra.

Coloquei a capa e fomos pro Castelo dos Horrores. Para o meu horror individual, grudou uma piranha de uma menina atrás de mim, que me puxava e empurrava com a unha. Conclusão: Saí só com a toca da capa. Voltei pra comprar outra. Coloquei a capa. 5 minutos depois parou de chover, pra sempre. Não caiu NENHUMA goticulazinha mínima mais.

Qué dizê. Eu gastei VINTE E UM REAIS de capa de chuva, pra NADA. Ainda bem que minha mãe tinha percebido da primeira vez quão tapado eu era, e me deu mais dinheiro desta vez.

Voltamos todos alimentados e capadechuvados pra montanha-russa.

-Oi moço. Voltamos
- [Cara de Ãhn?]
- Lembra? Que a gente tava aqui na porta da fila pra entrar na montanha-russa e saímos pra comer? Voltamos.
- Não, não lembro.
- Moço. Para. Pelo amoooooor do Senhor. Nós falamos com você. Não brinca assim. A gente ficou DUAZÓRIMEIA aqui.
- Olha, meu filho. Se você quiser entrar no brinquedo é só pegando a fila. Não vem me enrolar com historinha que não dá certo. Todo mundo tenta essa.

Ou seja: Aquele parque era a Sede Internacional dos Filhos das Putas. Pegamos a fila DE NOVO e brincamos em mais uns 3 brinquedos. Não deu tempo de fazer P.N. naquele lugar.

Por mais incrível que pareça eu ainda voltei lá. E tenho mais uma história pra contar. Fica pra próxima.

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