quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

O Cogumelo do Sol

Então como sou habituée dos aeroportos desse Brasil (infelizmente não por diversão, mas por trabalho), às vezes me ocorrem coisas que merecem posts neste fantástico local. Muitas já ocorreram, digo a verdade. Como na última terça-feira que conheci um PAQUISTANÊS GAGO.

-Which country do you live?
- Pa-pa-pa-pa-pa-pa-pa-pa (juro que não estou exagerando no número de pás, que acompanhavam piscadelas dos olhos) pa-pa-pa-pa-quistan!

Me segurei pelo menos pra não cuspir na cara dele com aquelas risadas incontroláveis. Eu sei, eu sei o grau da maldade contida nisso. Mas eu sou o tipo de pessoa que não consegue não rir destas coisas. Gagos, corcundas, tombos feios e vesgos, infelizmente, me tiram do sério - literalmente. Já tenho plena consciência do que me aguarda na próxima encarnação.

Mas sabe que outra vez aconteceu uma situação mais bizarra. Estava nas esteiras de bagagem de chegada dos vôos internacionais, eis que chega ele, todo pimposo: o velho japonês do cogumelo do sol. Tá, só eu pra reconhecer o velho japonês do cogumelo do sol. Mas reconhecido, fiquei admirando a vitalidade do senhor. Comecei a pensar seriamente em deixar os champignons e funghis de lado, e partir pro "do sol" (falando assim parece alucinógeno né. Será que não é??? Olha só. Nunca pensei nisso), afinal se for pra chegar na idade daquele japonês com o vigor dele, manda um saco dessa porra AGORA.

Leso, continuei a observar tão serelepe senhor, que se dirigiu à esteira. Identificou a sua mala (com um giga cogumelo desenhado), e imediatamente grudou nela pra arrancar da esteira. Quem disse que o velho conseguia arrancar a mala da esteira? O bico de papagaio deve ter atacado - ou então ele tinha o maior carregamento de cogumelo de aço do mundo - e o homem ficou curvado em cima da mala, grudado nela, rodando junto com a esteira. Minha primordial reação foi, antes de tudo, sentar no primeiro banco que eu vi pra dar risada da cena até sentir ânsia de vômito. Na TERCEIRA VOLTA do cara pelo circuito da esteira de bagagem, alguma mente genial - que não foi a minha, pois continuava rindo muito - teve a idéia de chamar alguém da TAM pra resgatar o homem.

Olha. Se eu tinha alguma ilusão que a merda do Cogumelo do Sol era milagroso, acabou ali na hora. Foi pior que descobrir que Papai Noel era o Justino, porteiro do prédio. O velho saiu depauperado do ridículo fato, e querendo esconder a giga logomarca "COGUMELO DO SOl" que estampava sua bagagem, o cara da TAM segurando o riso como nunca antes visto, e eu quase mijado de tanto rir da cara do japonês.

Tirei uma conclusão desta passagem (porque é sempre bom tirar conclusões das coisas que acontecem nessa vida): Mais vale um funghi na pança, do que um "do sol" na esteira. O velho que deve estar com pinçamento na coluna até hoje que o diga.

4 comentários:

Cecília Olliveira disse...

Não canso de rir de suas risadas... Adoro esse blog... a espontaneidade de seus textos me faz imaginar cada sicutação... e rir delas como se estivesse lá... Pena que não dá pra ficar lendo no trabalho... Rir alto, olhando pra um pc, em horario comercial... nada bonito... ;)

Márcia S. T. Costa disse...

Fazia tempo que não dava tantas gargalhadas... dessas de doer a barriga e de perder o fôlego! Só de pensar no velho Kimura naquela situação agarrado com sua mala...Me deu até tosse de tanto rir! Meu caro, seu despretencioso blog é um barato! Adorei!!!

Anônimo disse...

HA HA HA QUE BLOG SEM GRAÇA... E VC ACHA QUE NAO TINHA ALGUEM RINDO DE VC AO VER A SUA MOGOLOIDICE DE RIR ATOA... AFF,, CRESCE MANE

Anônimo disse...

ha ha ha.
extremamente ultra mega engracado.
lixo.