terça-feira, 13 de outubro de 2009

10 Razões porque não tenho Twitter

Em tempos de tecnologia, às vezes me perguntam: SÉÉÉÉÉÉÉÉÉÉRIO QUE VOCÊ NÃO TEM UM TWITTER?????

Hum, sério. Aliás, seríssimo. Me parece que se eu dissesse que matei três freiras tailandesas a golpes de calabresa cozida no alho poró teria menos impacto na atualidade. Ou melhor: Porque é que eu não pus isso no Twitter?

Sem querer dar lição de moral, mas o Twitter me lembra muito a Teoria do Rádio do Bertold Brecht. Ele dizia que um dia teríamos espaço suficiente para que todos pudessem falar, mas não haveria mais nada a ser dito.

Vai parecer um Post mal humorado e ranzinza, e é, PORRA!, mas a ideia é externalizar todas as razões que eu suprimo ao responder a pergunta acima.

Portanto, dou abaixo algumas boas razões pelas quais não tenho um Twitter, e acho que ninguém deveria ter também.




1. Eu não tenho o que falar toda hora. S-I-M-P-LE-S-M-E-N-T-E não tenho. Quando tenho, venho aqui, vou ali, e falo. Ou é pra falar, ou não é. Nénão?


2. As pessoas não tem o que falar toda hora. Que me interessa saber quem cagou, quem dormiu, quem viajou, quem bebeu? É o rumo natural da vida e se elas o fazem, parabéns: deveriam mesmo estar fazendo e nunca precisaram contar nada disso pra ninguém como se fosse um grande feito.


3. Sabe, o mundo virtual já é suficientemente agitado. Porra, eu tenho que tocar (ou ajudar a tocar) 3 Blogs, 1 Coluna, 1 Orkut, 1 Facebook, 2 E-Mails...tô sussa de arranjar mais uma pra cabeça (contando com o fato de que eu, como um bom anti-geek, pretendo ter uma vida pessoal FORA do mundo cibernético.).


4. Eu definitivamente não gosto do conceito dos malditos 140 caracteres. Prolixo por natureza, sempre me foi um fardo fazer caber as mensagens de texto em 150. Botar todas as merdas que eu penso em míseros 140 caracteres é uma tarefa im-pos-sí-vel.


5. Eu acho que o Twitter emburraliza as pessoas. Consigo enxergar Twitteiros tremendo pela próxima Twittada do Sérgio Mallandro. Eu sei, você dirá agora: Como se o Blasfêmia trouxesse MUITA cultura pra alguém. Não, de fato não traz. Mas ninguém pergunta pelas ruas: VOCÊ NÃOOOOOO LÊÊÊÊÊ O BLASFÊMIA COTIDIANA? E esta é a proposta mesmo, não trazer cultura. É o mais puro creme do milho verde panis et circensis. E somos felizes assim: eu, os leitores e os não-leitores.


6. Eu sou contra coisas internéticas que precisem de alguém pra te explicar como funcionam aqueles códigos, o que significa retwittar, nem as novas utilizações de @ e #, que não míseros arroba e numeral. Não quero saber como minha mãe se sente quando eu monto uma apresentação de PowerPoint em 3 minutos e resolvo todos os mistérios que assolavam sua existência. Pelo menos não enquanto eu tiver menos de 50 anos e menos pés-de-galinhas do que as próprias galináceas.


7. O mundo de alegria que sugere a identidade visual do Twitter me dá calafrios. Pensar que quando dá treta aparece uma baleiazinha fofa, me deixa verdadeiramente amedrontado. Aqueles passarinhos felizes, aquelas nuvens fofas, sei não. Aí tem.


8. Todo mundo que entra no Twitter fica meio doido. Já viu? É neguinho postando prestes a ser operado, outro dando suas últimas Twittadas antes de morrer, outro mandando comentários da noite de sexo. Que que isso, minha gente. Acho que o Twitter (e aí entra o medo dos bichinhos bonitinhos) absorve a alma de seus usuários. (/PastordaUniversal).


9. Não conheço UMA BOA RAZÃO pra ter um Twitter. Sério, já perguntei pra muita gente que tem e adora. As respostas são com frequência coisas do tipo..."Ai é muito legal". Óquei. Eu conheço várias pessoas coisas legais e não as uso por isso. Não é plausível.


10. Vou ser da contracultura, mano. Vou resistir bravamente ao Twitter porque nóis da periferia eu não quero ter um. Sabe quando pega birra? Não quero, não quero e não quero (tipos pé batendo ao ritmo dos "não quero".).

Eu sei que muita gente vai dizer que ajudaria a divulgar o Blog. I don't care. Gosto de quem me lê porque quer me ler. Sei que vão dizer: Meu, mas rolaram muitas coisas ótimas no Twitter! Sim, rolaram. Até aí o Gabeira fez coisas ótimas também e nem por isso eu sou casado com ele.

Não que eu não possa ser convencido a fazer meu Twitter funcionar um dia. Mas por ora, no Twitter for me. Prontofalei.

6 comentários:

Murilo disse...

Mas Victor, o twitter não foi criado para ser uma rede social e sim uma ferramenta de conhecimento, para espalhar informação.

Ok eu preciso confessar que eu A-D-O-R-O seguir a Narcisa no twittá!

Adoro o seu blog!

Talita disse...

hahaahaha!!
acabei de falar de vc (ou mais especificamente do blog) no twitter e venho aqui e leio esse post!
hahahahaha!!
puro creme do milho verde!

saudades berruguentas!

amandinha disse...

Oi, Escova!
Olha eu aqui travêis.
Venho unir forças nesse momento bélico, em favor dos não-usuários do Twitter, enxotados à margem da população cibernética. ABSURRDO!
Fiquei sabendo que o William Bonner se transforma nessa ferramenta, e que em nada lembra o âncora do JN! Descrédito. Tá todo mundo doido!

Rossy disse...

O símbolo # significa cardinal.
Numeral eu li que é representado pelo símbolo Z.
Tirando isso concordo com tudo que falaste apesar de meus argumentos serem outros.
Não nasceu pra ser rede social...nasceu pra ser algo mais na internet que por causa do momento certo ou da 'preguiçada' certa fez sucesso. Preguiçada porque tudo e mais ainda um blog faz.
Não vejo lógica num site que lhe obriga(cadê a liberdade nessa hora?) a escrever 140 caracteres onde no blog a gente pode escrever mais de 1 milhão de caracteres, colocar músisca, foto...pra mim é a evolução da involução.
E pra quem tem o site do passarinho...parabéns.

Anônimo disse...

Eu tb não tenho twiter, nem enxergo razão para ter. Concordo com teus argumentos.
Ci

Anônimo disse...

Nossa, até hoje eu pensava que eu era o único que não tinha Twitter e tinha orgulho por isso... bem, achei mais um.

Abraço!