terça-feira, 1 de junho de 2010

Sobre o lusho...

Estive há pouco em um restaurante chique diante de um incontestável paradoxo para aquele recinto: uma azeitona.

É impossível se manter phyno comendo um fruto das oliveiras! De Jacqueline Kennedy a Genival Lacerda, de Marilyn Monroe a Tiririca. Somos todos iguais perante elas, e invariavelmente deselegantes.


É uma tarefa conceitualmente desastrosa botar boca adentro uma bolinha, chupar sem ficar com a boca aberta para ela não escapulir, mas cuidar para também não engolir, e, por fim, cusparar um caroço babado. Sabe?!?!!!

Há momentos em que a vida nos confrange a perder a elegância. Somos levados por forças maiores a descer das tamancas, precipitar circularmente a conterrânea de Caetano Veloso, baixar o nível e nos tornarmos populares quaisquer.

Por exemplo...queria ver Madre Teresa de Calcutá dirigindo no trânsito de São Paulo. Não dáááá cara! Se você não soltar um "putaquelpariuzinho" que seja, morre do coração aos 27 anos no meio de um bingo beneficente!

E atendente de telemarketing?!!! Especialmente os de telefonia/internet recebem treinamento nazista pra en-lou-que-cer. Gente, juro. Eles poderiam ter sido usados em plena ditadura militar pra arrancar confissões de presos políticos:

- Senhor, o senhor está sendo acusado de crime político.
- Minha filha, me fala o que consta nesse processo! Nem sei do que você está falando!
- O senhor sabe o número? Fica embaixo da mesa que o senhor topou com o mindinho esquerdo no dia 27 de abril de 68.
- ÃHN???!!! Não faço a mínima!!!
- Só um minuto senhor que vou estar checando no sistema.
(1 hora depois de musiquinha feliz tocando)
- Senhor, nosso sistema está lento hoje. O Senhor gostaria de estar aguardando?
- ¬¬
(Mais 1 hora de musiquinha feliz)
- Senhor, encontramos seu processo.
- E então o que diz?
- Tu...tu...tu...tu...

Meu, o cidadão escolhe a forca, decapitação em praça pública, prisão perpétua ou empalamento a ter que falar com aquela filha duma quenga de novo.

Por isso, depois de muito refletir, entendi: Se a vida lhe pede pra ser baixo, SEJA! Chupa a azeitona, cospe o caroço na cara do garçom, xinga o motoboy, manda a atendente tomar no cu.

Mas, claro, com classe sempre.

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