quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Sonho meu - parte III

Ô nego pronto pra ter sonho idiota que sou eu. Já contei uma vez ou outra alguns sonhos toscos que me acometem. Aí vai mais um.

Sonhei que eu morri. De morte matada. Mas conto como. Estava em um puteiro vintage. Sei lá. Parecia mais um cabaré oitocentista. Mas era um puteiro. Só que era nos dias de hoje. Ah, sabe essas coisas de sonho tipo era minha casa mas não parecia minha casa? Então. Tava lá nem sei fazendo o quê (/suprimir parte pornográfica do sonho), de repente começou a rolar um puta (ha!) tiroteio, eu fugi, saí correndo, mas continuaram me seguindo pra matar, eu desisti. Parênteses: Eu sempre falei que não ia ser desses caras que, percebendo a morte iminente, ia ficar correndo o filme inteiro, não. Porra, tá todo mundo morrendo, eu sei que vou morrer, não sou galã americano, nem tenho trilha sonora bonita ao fundo ou um amor pra encontrar no fim. Eu sou o figurante que cai no buraco que se abre sob os pés, sabe? Então que matem logo e não me enche o saco.

Acordei (no sonho) depois de ser morto e só fui perceber que tava morto quando atravessava paredes. Fiquei uns 20 minutos atravessando paredes e dando risada porque não doía. Qué dizê né. Quando é besta, é besta vivo, morto, acordado ou dormindo. Entediado com a minha nova capacidade de transpor objetos, resolvi dar um rolé, e ví uma renca de espíritos de outras épocas andando por aí. Tipo gladiadores, filósofos gregos, Dercy Gonçalves. Queria ir no meu velório pra saber se tava bombando (olha o egocentrismo aí geeeente), mas quando vi um calendário descobri que já tinha passado três meses do dia que morri. Fiquei puto, rodei mais um pouco, tentando encontrar os espíritos de luz que achei que deveriam me buscar, encontrei um amigo.

Ele conversava comigo como se nada tivesse acontecido, mesmo sabendo que eu era um presunto. E as pessoas começaram a achar que ele tava ficando louco e quiseram interná-lo. Niquiqui iam interná-lo, a porra do pedreiro que tá fazendo obra no apartamento de cima do meu deu uma marretada e eu acordei. Feliz por não estar morto. Triste por não transpor paredes. Feliz por não ter ido pra um puteiro sonambulamente. Triste por meu amigo não ter sido internado. Feliz por ter matado as saudades da Dercy. Puto por ter sido acordado a marretadas.

Levei marretadas e voltei à vida. Ó só que ironia do destino!

2 comentários:

Olé disse...

Aaaaaaaahhhhh!!!!!
"Triste por meu amigo não ter sido internado"

Beleza...

Mayara disse...

Você é de são paulo ???