Tá, eu sei que São João não tem culpa de eu ter dormido 3 míseras horinhas essa noite. E nenhuma daquelas velhas que dança loucamente na rua detrás de casa se importa se eu queria dormir.
O fato é que o triângulo NÃO PARA DE TILINTAR há mais de 4 horas. I-n-i-n-t-e-r-r-u-p-t-a-m-e-n-t-e! E aquela voz de cantor-de-forró-de-bairro emendando uma música na outra sem nem parar pra tomar um gole de cerveja. Resolvi especular, com uma certa disposição de enfiar o triângulo no cu de quem o tocava.
Munido de óculos escuros, camiseta I S2 NY, e minha calça xadrez de pijama, fui até lá sondar se ia demorar muito pra terminar aquela tortura, pra que eu pudesse, finalmente, dormir em paz. Fui recebido com um vinho quente, uma paçoca, e uma velha de sorriso fácil. Quando menos percebi tava forrózeando com ela. De pijama. Odeio me envolver com a cultura popular. Especialmente em trajes ridículos.
Depois de alguns mornões (porque nem tava tão quente), o som irritante do triângulo me lembrou o que fui fazer lá, e resolvi perguntar pra uma tiazinha se ela achava que ia durar muito.
- Ô! Isso sempre vai noite a dentro!
- E ninguém se incomoda com o barulho?????????
- Não! Tá todo mundo aqui! Quem haveria de se incomodar?
É. Faz sentido. Não consegui conter a cara de lápis, apesar da alegria exalando daquelas pessoas classe média.
E agora estou aqui, com cara de Droopy Dog, ao som do persistente triângulo, escrevendo para não cometecer um crime geométrico-proctológico.
sábado, 27 de junho de 2009
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