Engraçado como a gente só percebe beeeeem o sotaque da nossa língua mãe. Qualquer múmia vê a diferença do jeitinho de falar dos Americanos e Britânicos, ou Franceses e Canadenses.
Mas é aqui que o bicho pega. Por várias influências na Colonização (Momento aula de História), deu-se origem a várias formas de dizer a mesma coisa. Tem até dicionário de "baianês"! Por isto segue uma análise sintática dos sotaques brasileiros. De cima pra baixo.
Nordeste - UP Bahia: Ô sotaquezinho difícil de entender. O cabra te fala 7 palavras grudadas uma na outra, meio cantado e invariavelmente contendo erros, começando sempre por "Rapaaaaz!" Do tipo: "Rapaaaaz!Falapámãebuscáusarremédiuquitápricisanuépragoravice?
Quase um dialeto. Nem eles sabem bem oq e estão falando, e ninguém sabe porque tá ouvindo também.
Nordeste Baiano: É aquela coisassim...que dá uma móleza...Já vem com uma influénciazinha de Minas...mas que ainda assim é meio ruim de entendêêê (baiano adora prolongar as vogais pra ter tempo de pensar na próxima frase). É tudo dito bem caaalmameeeeente (esse ti é som de t + i , não como paulista acha...tchi) pra num té que explicar de noooooovo. Dá sono só de pensar no sotaque baiano. Podia vir junto com caixa de sonífero tarja preta Caetano Veloso contando histórias de sua vida, como Medicina Alternativa.
Minsss: O sotáq di minssss, na minha humilddd opinião, é u mais bunitimmmm. Vem tudu nu diminutivvvv, qui mais parece qui os minerim tão querennnn ti levá pra cásss, comê uns pão di quejjj, te carregá no colll. Mais nu funddd, no funddd...eles querem é ti comê messss viu?
Carioca: É seiam comentárioxxx. Demoinxxxxtra claramentia (Sabe esse ia? Do fim de frase de carioca?Com a boca meio mole...sei lá) comoa o carióaca é folgadua. Com interjeiçõeixxxxxx do tipoa "Mané, Mermão, Leixxxque", elixxxx conquixtaum um ixxxxpaço que ninguéiam deu pra elixxxxx. Duaro é terrrrrr que exxxxxcutar íasso em toada noveala da Globua. Ninguém mereeeece.
Paulistano (capital): É uma coisa assim meio italiaaaana meu. Os plural fica tudo assim meio prejudicado sabe meu? O érre fica meio omitido (agora sim...omi tchi do), mas os linguista acha tudo que é o sotaque mais neutro do Brasil pô. É porque eles nunca viero no Bixiga conversa com nóis. Meu! Porrrrrrra!
Paulista (interior): Má esse sotaque mei caipirrra é uma desgrrrraça! Pirrracicaba que o diga (esse di também é d+i e não dhi)! A trilogia Porta, Porteira, Portão fica comprrrrometida! Sarve Mazaroppi!
Sulista: Bah! Os guris pensam que falam tudo certinho, bonitinho e usam o português correto. Mas enfiam o tu em tudo quanto é lugar e simplesmente esquecem de conjugar o verbo no mesmo tempo. Tipo: "Tu VAI lá hoje à noite guria?". E já aproveitando a piada do "enfia o tu em todo lugar", é meio viado também. Quem fala tão certinho assim só pode queimar muito. Vamos combinar! A velha história do "Leite Quente dá Dor-de-Dente" mostra quão viado é o povo gaucho, tchê.
Brasília: Por ser terra de ninguém e de todo mundo, lá o sotaque é assim. É a Torre de Babel sotaquística. Um Brasiliense nato sequer imagina que sotaque tem. De manhã é nordestino, de tarde carioca e de noite sulista. Deve ser uma confusão maior do que a que o Gaucho passa aos 24 anos. Eles, na verdade, falam brasileiro, não português. Boa...vou sugerir ao Lula mudar o nome da língua falada em Brasília.
Enfim, cada um com o seu (menuaixxxx o carióaca que querrrr seaimpre *Pow!* Uhrg! Arf!). E todos contra o carioca.
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