Dia desses eu fui cortar o cabelo no Soho, um lugar pseudofino aqui em São Paulo, onde um corte masculino custa 10% de um salário mínimo. É assustador, pensando assim!
Lá você é atendido sempre pela pessoa que te corta o cabelo, e o puxador-de-saco.
A pessoa que te corta o cabelo não merece um post: cumpre sua função e pronto. Agora os puxadores-de-saco...esses sim, merecem atenção. Primeiro te pegam e vestem uma espécie de quimono japonês que faz ter vergonha das outras pessoas que também estão ali. Mas como tá todo mundo na mesma merda, é rir da cara do outro pra não ter que rir da sua própria. Depois te leva pra lavar os cabelos, e massageia como se fossem mechas da Marilyn Monroe. Aí ela vira e fala:
-Quer uma massagem?
-Pode ser.
Senta na cadeirinha. Ela foi tão delicada que quase falo:
-Queridona! Chega de me acariciar e pode fazer a massagem agora, viu!
Melhor não. Vai que a dita desconta a raiva de todo o dia nas minhas costas. Depois me leva pra cadeira e traz umas revistas de carros. Vamos combinar que, só porque sou homem, não tenho que ler revista de carros. Tá pra inventar coisa mais desinteressante. Topava fácil uma RG Vogue, ou uma Trip...até uma Pleiba ia bem.
Depois ela fica atrás da mulher que corta o cabelo, esperando que meu saco caia pra um lado a fim de que ela dar uma puxadela. E fim!
Pela cara que me olhou acho que eu tinha que dar alguma gorjeta pra ela, mas eu não dei não.
Se quiser tocar em minha bolsa escrotal, que o faça de graça, e pelo prazer. Sou subdesenvolvido, não dou nem recebo gorjetas, oras bolas!
Na saída ainda ganhei um "obrigado e volte sempre" de brinde.
O cabelo ficou ótimo.
domingo, 24 de agosto de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
olha, gostei disso... tô pra ir lá
Postar um comentário